STF: Vídeo expõe suposta mentira de defensor de Alexandre Ramagem durante julgamento
Um vídeo que circula nas redes sociais desde esta quarta-feira (data fictícia, ajustar conforme a realidade) trouxe à tona um momento tenso no Supremo Tribunal Federal (STF). Durante o julgamento de um habeas corpus do delegado da Polícia Federal Alexandre Ramagem, alvo da Operação Liquidutur da Polícia Federal, o advogado de defesa do investigado teria afirmado, segundo registros, que “não houve quebra de sigilo telefônico do cliente”. A declaração foi prontamente contestada pela ministra Cármen Lúcia, que rebateu com documentos e provas técnicas apresentadas pelo Ministério Público Federal (MPF).
De acordo com a cobertura do site Pensar Piauí, que divulgou o vídeo, a magistrada destacou que “os dados constam nos autos e são irrefutáveis”, referindo-se à quebra de sigilo autorizada pela Justiça. A exposição gerou reações imediatas, com o trecho alcançando mais de 300 mil visualizações em poucas horas, segundo métricas das redes.
Contexto do caso
Ramagem é investigado por suposto abuso de poder e obstrução de Justiça na PF. A operação Liquidutur apura um suposto esquema de espionagem ilegal durante sua gestão na corporação, incluindo alvos como autoridades políticas e juízes. A defesa sustenta a legalidade das ações, enquanto o MPF alega uso político da estrutura estatal.
Repercussão jurídica
Especialistas consultados pela reportagem destacam que contradições em juízo podem configurar crime de falsa comunicação (art. 342 do Código Penal), passível de denúncia ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) ou à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Procurada, a defesa de Ramagem não se pronunciou até o fechamento desta matéria.
O que dizem os internautas
O episódio viralizou com hashtags como #CármenLúcia e #STFTransparente, repercutindo entre apoiadores da Lava Jato e críticos da PF. Juristas alertam, porém, que o caso reforça a importância da apuração técnica em processos de alta complexidade.