Sthefani Yorrane integra trio de investigadas por crime que chocou região; polícia detalha crueldade de agressões e motivação do ato
Por Redação do Expresso BR
Em um desfecho tenso, Sthefani Yorrane, 24 anos, foragida desde maio por envolvimento em um caso de tortura, sequestro e humilhação contra uma jovem de 19 anos, foi presa nesta quarta-feira (28) após se entregar à Polícia Civil em Minas Gerais. O crime, ocorrido em uma mata da zona rural de Patos de Minas, ganhou repercussão nacional pelas imagens brutais divulgadas nas redes sociais, que mostravam a vítima com a cabeça raspada à força, marcas de espancamento e queimaduras.
De acordo com investigações, Sthefani e mais duas mulheres (já presas) atraíram a adolescente sob a alegação de vingança por suposto envolvimento com um homem comprometido. A vítima foi mantida em cativeiro por mais de 12 horas, agredida com pedaços de madeira e obrigada a ingerir substâncias não identificadas. O caso só veio à tona após testemunhas anônimas repassarem vídeos do crime às autoridades.
Fuga e rendição
Sthefani permaneceu foragida por quase dois meses, circulando entre cidades da região. Segundo delegados, a pressão policial e a exposição midiática a levaram a negociar a entrega por meio de advogados. “Ela alegou temer represálias da população caso fosse capturada em flagrante”, explicou o delegado responsável, que não teve o nome divulgado por segurança.
Outras envolvidas
As outras duas acusadas, identificadas como Maria Clara Santos, 22, e Júlia Rocha, 20, estão presas desde junho. Elas responderão por tortura, sequestro e lesão corporal grave. A polícia investiga se um quarto envolvido, homem, teria auxiliado no transporte da vítima.
Repercussão e antecedentes
O caso reacendeu o debate sobre a violência entre mulheres e a banalização de crimes de ódio nas redes. Sthefani já tinha passagem por agressão em 2021, segundo registros. A vítima, cuja identidade foi preservada, recebeu assistência psicossocial e mudou de cidade.
Próximos passos
O trio aguarda julgamento e pode pegar até 30 anos de prisão. A defesa de Sthefani alega “arrependimento” e tenta negociar uma pena reduzida. Enquanto isso, organizações de direitos humanos pressionam por um julgamento exemplar.