Seis anos após uma das maiores tragédias socioambientais do Brasil, a Polícia Civil de Minas Gerais identificou mais uma vítima do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, ocorrido em 25 de janeiro de 2019. O corpo de Maria de Lurdes da Costa Bueno foi reconhecido após um longo processo de perícia e análise de DNA, trazendo um misto de alívio e dor para sua família, que aguardava por respostas desde o desastre.
O rompimento da barragem do Córrego do Feijão deixou um rastro de destruição, com 270 mortes confirmadas e impactos ambientais que ainda ecoam na região. Com a identificação de Maria de Lurdes, duas vítimas seguem desaparecidas, mantendo viva a esperança de que novas buscas possam trazer respostas às famílias que ainda aguardam por um desfecho.
A tragédia de Brumadinho não apenas ceifou vidas, mas também expôs falhas graves na fiscalização e na gestão de barragens de mineração. Desde então, as vítimas e seus familiares lutam por justiça e reparação, enquanto a comunidade local tenta reconstruir suas vidas em meio às cicatrizes deixadas pelo desastre.
A identificação de Maria de Lurdes é um lembrete de que, mesmo após anos, as consequências de Brumadinho continuam presentes. Para muitas famílias, a dor da perda permanece viva, assim como a busca por respostas e a esperança de que tragédias como essa nunca mais se repitam.
Enquanto o Brasil se lembra dessa data marcada por luto e reflexão, a história de Brumadinho segue como um alerta para a necessidade de maior responsabilidade e cuidado com vidas e com o meio ambiente.