A administração do ex-presidente Donald Trump está considerando uma proposta ousada e controversa: um reality show onde imigrantes competiriam pela tão almejada cidadania americana. A informação, divulgada inicialmente pela imprensa americana e confirmada por fontes ligadas ao Departamento de Segurança Interna (DHS) dos Estados Unidos, já acendeu um debate acalorado sobre a ética e a viabilidade da ideia.
De acordo com relatos, a proposta prevê uma série de desafios e provas com temática patriótica, culminando em uma grande final onde o vencedor seria agraciado com a cidadania em uma cerimônia televisionada, possivelmente nos degraus do Capitólio, em Washington D.C. Nomes de celebridades naturalizadas americanas, como Sofia Vergara, Ryan Reynolds e Mila Kunis, foram mencionados como possíveis apresentadores do programa.
A ideia, que a princípio pode soar como entretenimento, surge em um contexto de políticas de imigração rigorosas implementadas durante o governo Trump. Críticos apontam que transformar o processo de cidadania, que envolve um longo e burocrático trâmite legal, em um espetáculo midiático seria desrespeitoso e humilhante para os imigrantes que buscam uma nova vida nos Estados Unidos. Nas redes sociais, as reações iniciais foram predominantemente negativas, com muitos usuários expressando indignação e classificando a proposta como “bizarra” e “humilhante”.
O DHS, em comunicado, afirmou que recebe anualmente centenas de propostas para programas de televisão, incluindo documentários e investigações, e que a agência já colaborou com produções como “To Catch a Smuggler”, do National Geographic. Um porta-voz descreveu a proposta do reality show como uma “celebração do que significa ser um cidadão americano”.
No entanto, o processo tradicional para obter a cidadania americana envolve requisitos como ser residente permanente (portador do Green Card) por um período específico (geralmente cinco anos, ou três se casado com um cidadão americano), demonstrar presença física significativa no país, possuir bom caráter moral, conhecimento da história e do governo dos EUA, além de passar por uma entrevista e um teste de inglês e educação cívica. A ideia de reduzir esse processo complexo a uma competição televisiva levanta sérias questões sobre o valor e o significado da cidadania.
Ainda não há informações concretas sobre o formato exato das provas ou o cronograma de produção do reality show. No entanto, a mera avaliação da proposta pelo governo americano já reacende a discussão sobre as políticas de imigração e o tratamento dado aos imigrantes nos Estados Unidos. Resta saber se a ideia controversa sairá do papel e se a busca pelo “sonho americano” se tornará um espetáculo de entretenimento.
Cidadania à prova: Governo Trump avalia Reality Show polêmico com imigrantes disputando o sonho americano
