Crise política nos EUA: Maiores protestos contra Trump tomam ruas em 50 estados e Europa


Milhares marcham nos EUA e no mundo contra políticas de Trump e aliança com Elon Musk
Manifestantes denunciam “projeto autoritário” e cortes em direitos sociais; atos ocorrem em mais de mil cidades americanas e capitais europeias.

Neste sábado, 5 de abril de 2025, os Estados Unidos testemunharam os maiores protestos contra o governo de Donald Trump desde seu retorno à Casa Branca em janeiro. Sob o lema “Hands Off” (“Tirem as Mãos”), milhares de pessoas ocuparam as ruas em todos os 50 estados do país, além de capitais como Paris, Berlim e Londres, em um movimento organizado por mais de 150 entidades de esquerda, incluindo MoveOn e Women’s March.

O que motivou os protestos?

Os manifestantes acusam Trump de promover um “desmonte acelerado” de políticas públicas, como o sistema de saúde (Medicare e Medicaid), a seguridade social e a educação, além de expandir medidas anti-imigração e apoiar o Project 2025 — plano conservador que propõe centralizar o poder no Executivo. A parceria do republicano com o bilionário Elon Musk, nomeado para o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), também foi alvo de críticas. Cartazes como “Musk não foi eleito!” e “Parem o mal” destacaram a rejeição à influência do empresário na administração federal.

Cenário nacional: De Washington à Califórnia

Em Washington, uma faixa com os dizeres “Tirem suas mãos!” foi estendida próximo à Casa Branca, enquanto no National Mall, cerca de 5.000 pessoas se reuniram inicialmente — número que superou as expectativas, segundo organizadores. Em Nova York, os protestos focaram nas deportações em massa e no fechamento de agências federais, como a USAID. Já na Flórida, centenas se concentraram perto do resort Mar-a-Lago, residência de Trump, com buzinaços e gritos de “Fora Trump!”.

Vozes das ruas

Jane Ellen Saums, 66 anos, desabafou: “Tudo está sendo atropelado, desde o meio ambiente até nossos direitos pessoais”, referindo-se às reformas conduzidas por Trump e Musk. Graylan Hagler, ativista de 71 anos, alertou: “Despertaram um gigante adormecido. Não vamos nos calar”. Na Europa, imigrantes americanos em Berlim protestaram em frente a uma concessionária da Tesla, exigindo o fim do “caos” nos EUA.

Repercussão internacional e resposta da Casa Branca

Em Paris, cerca de 200 pessoas cantaram Masters of War, de Bob Dylan, enquanto em Londres, cartazes ironizavam as ambições expansionistas de Trump: “Mãos fora do Canadá” e “Mãos fora da Ucrânia”. A Casa Branca minimizou os protestos, afirmando que Trump “protegerá sempre a Segurança Social para beneficiários qualificados”, mas evitou comentar críticas específicas.

Contexto político

Os atos ocorrem em um momento de queda na popularidade de Trump: pesquisas da Reuters/Ipsos apontam aprovação de 43%, a mais baixa desde janeiro. A oposição democrata, embora enfraquecida no Congresso, vê nos protestos um sinal de resistência, especialmente após vitórias simbólicas, como a eleição da progressista Susan Crawford para a Suprema Corte de Wisconsin.


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