Da UPA para a avenida: técnica de enfermagem vive dupla jornada de amor à saúde e ao samba

No ritmo contagiante do Carnaval, a técnica de enfermagem Maria Silva, de 52 anos, troca o jaleco branco pela fantasia colorida, mostrando que é possível conciliar a dedicação à saúde com a paixão pelo samba. Há mais de 30 anos, ela desfila pela Portela, uma das escolas de samba mais tradicionais do Rio de Janeiro, e há duas décadas também integra o bloco Cacique de Ramos, ícone da folia carioca.

Maria, que trabalha há mais de três décadas na UPA de Magalhães Bastos, na Zona Oeste do Rio, divide seu tempo entre os plantões na saúde e os ensaios na quadra da Azul e Branca de Oswaldo Cruz. Na Portela, ela não é apenas uma passista, mas também ocupa o cargo de diretora do Departamento Feminino, onde ajuda a organizar e empoderar as mulheres da comunidade do samba.

“O Carnaval é minha válvula de escape. Enquanto estou na avenida, esqueço um pouco dos desafios do dia a dia na saúde. É uma forma de recarregar as energias e continuar cuidando dos outros”, conta Maria, que já enfrentou longas jornadas durante a pandemia, mas nunca deixou de lado sua paixão pelo samba.

A técnica de enfermagem, que já desfilou em alas temáticas sobre saúde e resistência, acredita que o Carnaval e a enfermagem têm algo em comum: ambos exigem dedicação, trabalho em equipe e muito amor. “Na UPA, cuido dos pacientes com o mesmo carinho que tenho pela Portela e pelo Cacique. São duas paixões que me completam”, afirma.

Maria também destaca a importância do Carnaval como manifestação cultural e de resistência. “O samba é a voz do povo, assim como a saúde pública é um direito de todos. Ambas as causas merecem respeito e investimento”, diz.

Neste Carnaval de 2025, Maria prepara-se para mais um desfile emocionante, levando na avenida não apenas sua fantasia, mas também a história de uma mulher que dedica sua vida a cuidar dos outros, seja no hospital ou no sambódromo.

Com informações complementares de publicações online, a trajetória de Maria Silva inspira não apenas os colegas de trabalho, mas também os amantes do samba, mostrando que é possível conciliar responsabilidade e paixão, sempre com um sorriso no rosto e um pé no ritmo do surdo.

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