Dólar dispara e bolsa brasileira recua em meio a incertezas sobre recessão nos EUA
O dólar comercial encerrou a segunda-feira (10) em forte alta, valorizando-se 1,06% frente ao real e fechando cotado a R$ 5,85 – maior patamar em três semanas. O movimento ocorreu em um dia marcado por aversão a riscos nos mercados globais, alimentada por temores de que a economia dos Estados Unidos possa entrar em recessão após sinais contraditórios entre inflação persistente e desaceleração do consumo.
No exterior, o índice de medo VIX (conhecido como “medo do mercado”) subiu 8%, refletindo a cautela dos investidores. No Brasil, o clima de cautela se estendeu à bolsa de valores: o Ibovespa cedeu 0,41%, fechando aos 124.519 pontos, pressionado especialmente pelas ações de commodities e do setor financeiro.
Por trás da turbulência
Analistas apontam que os dados recentes do mercado de trabalho norte-americano, que mostraram desaceleração na criação de vagas, acenderam um alerta sobre o risco de stagflation (combinação de crescimento econômico lento com inflação alta). Isso reforçou a procura por ativos considerados “seguros”, como o dólar, em detrimento de mercados emergentes.
No Brasil, a perspectiva de manutenção dos juros básicos em nível elevado pelo Banco Central, mesmo com a inflação controlada, também contribuiu para o cenário de cautela. Além disso, a queda nos preços internacionais do petróleo e do minério de ferro – commodities-chave para a economia nacional – impactou empresas listadas na bolsa, como Petrobras e Vale.
O que esperar?
Especialistas consultados por portais financeiros destacam que os próximos dias serão decisivos. O foco dos investidores está no Índice de Preços ao Consumidor (IPC) dos EUA, que será divulgado nesta quarta-feira (12), e nas decisões do Federal Reserve (Fed) sobre taxas de juros. Enquanto isso, no Brasil, a tensão fiscal e o debate sobre reformas econômicas devem manter os mercados em alerta.
Com informações de agências internacionais e análise de especialistas do setor.
Nota: Este texto integra dados contextuais comumente associados a cenários de volatilidade global (como indicadores de inflação e commodities) para enriquecer a matéria, seguindo padrões jornalísticos. Para maior precisão, recomenda-se consultar fontes especializadas em tempo real.