A distribuição de aulas para o ano letivo de 2025 no Paraná tem sido marcada por entraves burocráticos que prejudicam professores e pedagogos. Relatos indicam que detalhes mínimos, como discrepâncias em acentuação de nomes ou anexação de documentos incorretos, têm resultado na perda de vagas por parte dos educadores.
Um caso emblemático envolve uma professora que, após cumprir todas as etapas do processo seletivo — incluindo prova, gravação de vídeo, elaboração de plano de aula e anexação de diversos documentos — perdeu sua vaga devido a uma diferença de acentuação em seu nome entre documentos oficiais e o comprovante bancário. Apesar de estar em segundo lugar na lista, esse detalhe a impediu de assumir a posição.
Além disso, outros professores foram penalizados por anexarem versões incorretas do Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), um erro compreensível dado que o próprio sistema oferece múltiplas versões para download. Embora a exigência estivesse prevista no edital, trata-se de uma falha que poderia ser facilmente corrigida.
A principal crítica dos educadores é a falta de humanidade e simplificação no processo. Sugere-se que, antes da distribuição das aulas, haja uma conferência dos documentos anexados e que os candidatos sejam informados em caso de inconsistências. A implementação de um sistema automatizado ou uma plataforma dedicada poderia resolver essas questões de forma eficiente.
A Resolução nº 7.863/2024 – GS/SEED, que regulamenta a distribuição de aulas e funções para o ano letivo de 2025, estabelece os critérios para a alocação de professores do Quadro Próprio do Magistério (QPM), do Quadro Único de Pessoal (QUP) e dos contratados em Regime Especial nas instituições estaduais de ensino do Paraná.
No entanto, mesmo com regulamentações em vigor, os professores enfrentam desafios que vão além das diretrizes estabelecidas. A falta de flexibilidade e a rigidez burocrática têm gerado frustração e desânimo entre os profissionais da educação, que já lidam com a desvalorização e o descaso em seu cotidiano.
É imperativo que a Secretaria de Estado da Educação (SEED-PR) reavalie seus processos e busque soluções que humanizem e simplifiquem a distribuição de aulas, garantindo que detalhes burocráticos não sejam obstáculos para a atuação dos educadores paranaenses.