Estudantes de Direito do Paraná viralizam com ofensas a colega cadeirante: Polícia investiga e OAB ameaça barrar ingresso na Ordem


Caso choca redes sociais e expõe discriminação em ambiente acadêmico
Três estudantes de Direito do Centro Universitário de Telêmaco Borba (UNIFATEB), no Paraná, estão sob investigação da Polícia Civil após vídeos com ofensas graves a uma colega cadeirante vazarem do grupo restrito de “melhores amigos” do Instagram e viralizarem publicamente. Os registros, feitos na segunda-feira (7/04), mostram ataques verbais que incluem termos como “magrela feiosa”, “aleijadinha” e “lazarenta”, além de ameaças físicas. A vítima, segundo as agressoras, teria rido durante uma apresentação de trabalho em sala .

Investigações avançam e universidade repudia atos
A Polícia Civil confirmou a abertura de um inquérito para apurar os crimes de injúria, difamação e possivelmente discriminação por condição física. Os nomes das investigadas não foram divulgados devido à possibilidade de envolvimento de menores de idade . A UNIFATEB emitiu nota destacando que “não compactua com desrespeito, preconceito ou discriminação” e que está tomando “medidas cabíveis” para resolver o caso, reforçando seu compromisso com inclusão e dignidade humana .

Retratação privada e riscos à carreira jurídica
Na sexta-feira (11/04), uma das estudantes postou um pedido de desculpas em seu perfil privado do Instagram, admitindo que as ofensas foram “insensíveis e inaceitáveis”. Ela afirmou estar “aberta ao diálogo” para promover inclusão, mas a OAB de Telêmaco Borba já adiantou que, em caso de condenação, as envolvidas poderão ser impedidas de ingressar na Ordem por falta de idoneidade moral — requisito essencial para a advocacia .

Repercussão nacional e lições sobre liberdade de expressão
O caso reacendeu debates sobre cyberbullying e a responsabilidade de futuros operadores do Direito. A Subseção da OAB local classificou o episódio como “grave” e ofereceu apoio jurídico à vítima, ressaltando a contradição entre o discurso das estudantes e os princípios da profissão que almejam exercer . Especialistas em direitos humanos alertam que a “liberdade de expressão não é escudo para ofensas”, especialmente em ambientes que deveriam zelar pela equidade .

Próximos passos
Enquanto a Polícia Civil ouve as partes envolvidas, a sociedade acompanha se o caso resultará em punições exemplares ou em políticas mais robustas de combate à discriminação em instituições de ensino. A vítima, até o momento, não se manifestou publicamente.


Fontes consultadas: g1 PR | Últimas Notícias – G1 .


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