O Paraná enfrenta uma onda de fechamentos de instituições de ensino estaduais prevista para 2025, com 28 escolas programadas para encerrar suas atividades. Entre elas, destacam-se 11 Centros Estaduais de Educação Básica para Jovens e Adultos (Ceebjas), 11 escolas do campo e 6 escolas regulares. A região de Curitiba será a mais afetada, com quatro escolas fechadas, seguida por Cornélio Procópio, Laranjeiras do Sul, Toledo e Assis Chateaubriand, cada uma com três instituições encerrando suas atividades.
A Secretaria de Estado da Educação do Paraná (Seed-PR) justifica os fechamentos com base em critérios como baixa demanda de matrículas e a necessidade de otimizar recursos. No entanto, essa medida tem gerado preocupação entre educadores, pais e alunos, especialmente nas comunidades rurais, onde as escolas do campo desempenham um papel crucial na educação local.
Nos últimos três anos, cerca de 17 escolas no Paraná relataram ameaças de fechamento ou redução de turmas, conforme informações do Brasil de Fato. A continuidade dessa tendência em 2025 levanta questões sobre o futuro da educação em áreas vulneráveis e o impacto na formação dos estudantes dessas regiões.
Em contrapartida, o governo estadual anunciou investimentos na educação para 2025, incluindo um aumento de 138% na oferta de ensino técnico integrado ao ensino médio e a expansão do programa Parceiro da Escola para 82 colégios. Além disso, aproximadamente 10 mil servidores da rede estadual, entre professores e pedagogos, iniciarão o ano com progressão na carreira, representando um investimento anual de mais de R$ 90 milhões.
Apesar dessas iniciativas, o fechamento das 28 escolas suscita debates sobre as prioridades e estratégias adotadas pelo governo para equilibrar a otimização de recursos com a garantia de acesso à educação de qualidade em todas as regiões do estado. A comunidade escolar aguarda esclarecimentos e soluções que minimizem os impactos negativos dessas medidas.
