A ex-deputada federal e pastora Flordelis de Souza, que cumpre pena pelo assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, viu sua situação na prisão se agravar após agentes penitenciários encontrarem um celular em sua cela. O episódio resultou na perda de benefícios, incluindo a suspensão das visitas íntimas, além de seu isolamento no presídio onde está detida.
O aparelho foi descoberto durante uma revista de rotina no cubículo compartilhado com outras três presas. Apesar de não estar claro quem era a dona do celular, todas as ocupantes foram punidas igualmente, de acordo com as regras disciplinares da unidade prisional. Fontes do sistema penitenciário indicam que o celular estava sendo utilizado para acessar redes sociais e manter contato com o mundo exterior, uma violação grave das normas internas.
Desde sua prisão, Flordelis tem enfrentado críticas severas e um escrutínio público considerável. A ex-parlamentar, que um dia foi figura proeminente no cenário religioso e político, já teve privilégios restringidos anteriormente devido a infrações menores. Porém, desta vez, a sanção foi mais dura, destacando a intolerância das autoridades penitenciárias a esse tipo de transgressão.
O caso reacende o debate sobre o controle dentro das penitenciárias brasileiras e os desafios para impedir o acesso a tecnologia entre os presos. A descoberta de celulares em celas não é um problema exclusivo do presídio onde Flordelis está detida, mas um reflexo de falhas recorrentes no sistema carcerário do país.
Com a proibição das visitas íntimas e o isolamento, Flordelis agora enfrenta um novo capítulo em sua já conturbada jornada na justiça. A pastora, que sempre afirmou sua inocência no caso do assassinato do marido, parece estar cada vez mais distante de reconquistar a liberdade ou de retomar a influência que um dia exerceu.
Este novo incidente também pode complicar ainda mais a estratégia de defesa de Flordelis, já que o comportamento de réus durante a prisão é frequentemente levado em conta por juízes em casos de revisão de pena. Para a opinião pública, o caso reforça a imagem negativa da ex-deputada, cujo passado religioso e político contrasta brutalmente com sua atual realidade.
A defesa de Flordelis não se pronunciou oficialmente sobre o episódio até o momento. O Ministério Público segue monitorando o caso, enquanto o sistema penitenciário estuda medidas para reforçar a fiscalização e evitar novas violações.
