Funcionário é suspeito de desviar R$ 13 mil usando celular da empresa – golpe no APLICATIVO expõe vulnerabilidade


Anápolis, GO – Uma investigação policial em Anápolis, no interior de Goiás, busca esclarecer um caso de furto que lesou um empresário local em R$ 13 mil. O principal suspeito é um funcionário da própria empresa, que teria se aproveitado do acesso a um celular corporativo com o aplicativo bancário aberto para realizar transferências fraudulentas para sua conta pessoal. O caso, que veio à tona nesta semana, levanta um debate sobre a segurança de dados bancários em dispositivos empresariais e a crescente incidência de fraudes internas.
Segundo apurações iniciais, o empregador notou movimentações financeiras suspeitas e, ao verificar, constatou que R$ 13 mil haviam sido transferidos da conta da empresa. A análise dos registros bancários e do uso do celular corporativo apontou para o funcionário, que tinha acesso ao aparelho e, consequentemente, ao aplicativo do banco que permanecia logado.
De acordo com informações obtidas pela reportagem, o empresário formalizou a denúncia na Central de Flagrantes de Anápolis, apresentando comprovantes das transferências e conversas com o funcionário. Uma das últimas transferências, no valor de R$ 1,7 mil, teria ocorrido recentemente.
Este incidente ecoa um cenário preocupante no Brasil, onde fraudes internas em empresas têm se mostrado uma realidade frequente. Uma pesquisa recente da Grant Thornton Brasil revelou que 63% das empresas brasileiras identificaram uma ou mais fraudes nos últimos 12 meses. Casos como este em Anápolis reforçam a necessidade de maior atenção à segurança cibernética e aos protocolos de acesso a informações financeiras dentro das organizações.
As consequências legais para o funcionário, caso a suspeita se confirme, podem ser severas. A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) prevê a demissão por justa causa em casos de furto, conforme o Artigo 482, alínea “a”. Além disso, o Código Penal Brasileiro, em seu Artigo 155, tipifica o furto como crime, com pena de reclusão que pode variar de um a quatro anos, além de multa. Especialistas em direito penal e trabalhista enfatizam a importância de o empregador registrar um boletim de ocorrência para que o caso seja investigado também na esfera criminal.
Este caso serve como um alerta para empresas de todos os portes sobre a importância de implementar políticas de segurança robustas, incluindo o controle de acesso a dispositivos corporativos e aplicativos bancários. Medidas como o bloqueio automático de tela, a exigência de senhas para cada transação e a revisão periódica das atividades bancárias podem prevenir fraudes como a ocorrida em Anápolis.
A Polícia Civil de Goiás segue com a investigação para coletar mais evidências e ouvir o depoimento do suspeito, buscando esclarecer todos os detalhes deste caso que expõe a vulnerabilidade de empresas frente a possíveis desvios de conduta de seus próprios colaboradores. A expectativa é que a investigação traga respostas e a responsabilização do envolvido, além de reforçar a importância da prevenção contra crimes financeiros no ambiente corporativo.

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