O ex-vereador Gabriel Monteiro, já preso desde 2022 por um caso de estupro, voltou a ser condenado, desta vez por um episódio que chocou a população durante a pandemia de Covid-19. Na última sexta-feira (20), a Justiça decidiu que Monteiro deverá cumprir pena de um ano por invadir uma área restrita do Centro de Terapia Intensiva (CTI) de um hospital na Zona Sul do Rio de Janeiro, em março de 2021.
O caso ocorreu quando o então vereador, alegando realizar uma vistoria, adentrou uma unidade de emergência no Leblon sem qualquer autorização. A área era destinada exclusivamente a pacientes com Covid-19, e a atitude de Monteiro foi classificada como abuso de poder pela Justiça, além de ser considerada uma grave violação, por expor ainda mais os pacientes ao risco de contaminação.
A decisão judicial determinou que a pena de um ano de detenção será convertida em prestação de serviços comunitários e pagamento de multa. O episódio de 2021 gerou grande repercussão, não apenas pela invasão em si, mas pelo contexto de colapso no sistema de saúde causado pela pandemia e a vulnerabilidade dos internados naquela unidade.
Para além da invasão, o comportamento de Gabriel Monteiro reacende debates sobre a ética de agentes públicos e a utilização de cargos para fins pessoais ou midiáticos. Mesmo afastado da vida pública, o ex-vereador continua sendo alvo de processos judiciais que revelam os limites ultrapassados durante seu mandato.
A sentença reforça a necessidade de responsabilização de figuras públicas que abusam de suas funções, especialmente em momentos críticos como o enfrentamento de uma pandemia. O caso de Monteiro segue como exemplo de como atitudes imprudentes podem causar consequências graves para a sociedade.
