Governo de São Paulo reduz carga horária de ciências humanas e gera polêmica: ‘ é um ataque ao pensamento crítico’, criticam especialistas

Com uma decisão que tem gerado intenso debate, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e seu secretário de Educação, Renato Feder, anunciaram a redução de 35% da carga horária dedicada às disciplinas de ciências humanas no Ensino Médio da rede estadual. A medida, que afeta diretamente as aulas de sociologia, filosofia e geografia, foi criticada por especialistas em educação, que a consideram um retrocesso na formação dos estudantes.

A decisão do governo estadual vai na contramão da Lei do Novo Ensino Médio, que prevê um currículo mais flexível, mas sem desconsiderar a importância das ciências humanas para o desenvolvimento do pensamento crítico e da cidadania. Pesquisadores e educadores alertam que a redução dessas disciplinas pode enfraquecer a capacidade dos jovens de entender e questionar a realidade social, política e cultural.

“Essa medida é um claro desprezo pela formação integral dos estudantes. As ciências humanas são fundamentais para que os jovens compreendam o mundo em que vivem e se tornem cidadãos conscientes”, afirmou uma pesquisadora em educação, que preferiu não se identificar.

A justificativa do governo para a mudança é a necessidade de priorizar áreas como matemática e língua portuguesa, consideradas essenciais para o desempenho dos alunos em avaliações nacionais. No entanto, críticos argumentam que o foco excessivo em métricas pode sacrificar a qualidade da educação como um todo.

Enquanto o debate ganha força nas redes sociais e entre especialistas, pais e estudantes também manifestam preocupação com o futuro da educação no estado. “Sem filosofia e sociologia, como vamos formar jovens que pensam por si mesmos?”, questionou uma mãe de aluno em entrevista a um veículo local.

A decisão do governo Tarcísio coloca São Paulo no centro de uma discussão nacional sobre o rumo da educação brasileira. Enquanto isso, a pergunta que fica é: qual o verdadeiro impacto dessa mudança para as próximas gerações?

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