O governo do -presidente dos Estados Unidos Donald Trump emitiu uma declaração indireta sobre a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que determinou a suspensão da rede social Rumble no Brasil. O Escritório de Assuntos do Hemisfério Ocidental, ligado à administração Trump, mencionou preocupações com o “acesso à informação” no país, sugerindo que a medida pode representar uma ameaça à liberdade de expressão.
A Rumble, plataforma de vídeos que tem ganhado popularidade entre usuários conservadores, foi alvo de uma ordem judicial após ser acusada de veicular conteúdo considerado desinformativo. A decisão de Moraes, que já havia tomado medidas semelhantes contra outras redes sociais, reacendeu o debate sobre o equilíbrio entre o combate à desinformação e a garantia de direitos fundamentais, como a liberdade de expressão.
No comunicado, o governo Trump não citou diretamente o ministro ou o STF, mas fez alusão ao caso ao destacar a importância de “proteger o acesso à informação e a liberdade de expressão em democracias ao redor do mundo”. A declaração também reforçou o posicionamento da administração Trump em defesa de uma internet menos regulada, alinhada com as críticas frequentes de conservadores americanos às grandes empresas de tecnologia.
Especialistas em direito digital e liberdade de expressão têm opinado sobre o caso, com alguns defendendo a necessidade de medidas firmes contra a desinformação, enquanto outros alertam para o risco de censura e de abuso de poder. O debate ganha ainda mais relevância em um ano eleitoral no Brasil, quando a circulação de informações falsas tende a aumentar.
A reação internacional ao caso, incluindo a declaração do governo Trump, coloca o Brasil no centro de uma discussão global sobre os limites da moderação de conteúdo e o papel dos governos e do Judiciário na regulação das plataformas digitais.