O ator e diretor norte-americano Justin Baldoni, conhecido por seu trabalho em “É Assim Que Acaba” (2024), entrou com uma ação judicial contra o jornal “New York Times” por difamação. A medida foi tomada após a publicação de uma reportagem que o acusava de orquestrar uma campanha de difamação contra a atriz Blake Lively, sua co-estrela no filme.
A ação, registrada no Tribunal Superior de Los Angeles, busca uma indenização de US$ 250 milhões (cerca de R$ 1,5 bilhão). Baldoni e outros nove indivíduos alegam que o jornal “escolheu e alterou comunicações” entre eles, apresentando informações fora de contexto para favorecer a narrativa de Lively. O processo afirma que a reportagem contém “inverdades e omissões deliberadas” que prejudicaram a reputação do ator e diretor.
Em resposta, o “New York Times” defendeu a integridade de sua reportagem, afirmando que o artigo foi “relatado de forma meticulosa e responsável” e baseado em uma revisão de milhares de páginas de documentos originais, incluindo mensagens de texto e e-mails. O jornal declarou que pretende “se defender vigorosamente contra o processo”.
Paralelamente, Blake Lively entrou com uma ação federal contra Baldoni, acusando-o de assédio sexual e de retaliar contra ela após denúncias de comportamento inadequado durante as filmagens de “É Assim Que Acaba”. A atriz alega que Baldoni criou um ambiente de trabalho hostil e que, após suas denúncias, sofreu uma campanha de difamação orquestrada por ele e sua equipe.
“Infelizmente, a decisão da Sra. Lively de se manifestar resultou em mais retaliações e ataques”, afirmaram os advogados da atriz em comunicado. “Agora, os réus responderão por sua conduta em um tribunal federal.”
“É Assim Que Acaba” é uma adaptação do bestseller homônimo da autora Colleen Hoover. Apesar das controvérsias nos bastidores, o filme alcançou sucesso comercial, arrecadando mais de US$ 350 milhões nas bilheterias mundiais, embora tenha recebido críticas mistas, com uma aprovação de 55% no site Rotten Tomatoes.
As acusações mútuas entre Baldoni e Lively trouxeram à tona debates sobre assédio sexual e retaliação na indústria cinematográfica, levantando questões sobre a conduta nos bastidores de produções de grande porte. O desenrolar desses processos judiciais será acompanhado de perto, dado o impacto potencial nas carreiras dos envolvidos e nas práticas da indústria como um todo.