Lula anuncia isenção do IR para salários de até R$ 5 mil: ‘questão de justiça social’


Em evento em Sorocaba (SP), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que enviará ao Congresso, na próxima semana, projeto de lei para isentar do Imposto de Renda (IR) trabalhadores que recebem até R$ 5 mil mensais. A medida, anunciada durante a entrega de ambulâncias nesta sexta-feira (14), visa “reduzir desigualdades” e priorizar políticas públicas para a população de baixa renda.

“As pessoas mais ricas não precisam do Estado, quem precisa são as pessoas mais pobres”, declarou Lula, reforçando o caráter social da proposta. A isenção total para faixas salariais mais baixas é uma demanda histórica de entidades sindicais e economistas, que criticam o atual limite de R$ 2.112 – valor que não é reajustado desde 2015.**

Dados complementares:

  • Segundo o Dieese, um trabalhador que ganha R$ 3 mil paga atualmente R$ 69,88 mensais de IR. Com a mudança, essa contribuição seria zerada.
  • Estima-se que 15 milhões de pessoas seriam beneficiadas diretamente, conforme cálculos preliminares do governo.
  • A proposta deve gerar um “rombo” de até R$ 6 bilhões nos cofres públicos, segundo a Receita Federal, valor que o Planalto pretende compensar com a taxação de grandes fortunas e fundos de investimento – tema ainda em debate no Congresso.

Contexto político: A medida chega em meio às negociações da reforma tributária e pressões por ajustes na tabela do IR, que não passa por reajuste significativo há quase uma década. Entretanto, analistas alertam para possíveis resistências no Legislativo, onde setores da oposição já classificaram a proposta como “populista” e “fiscalmente irresponsável”.

Próximos passos: O texto deve ser protocolado na terça-feira (18), com urgência constitucional, para acelerar a votação. Enquanto isso, o governo busca apoio de partidos da base aliada, incluindo o PL e o MDB, para garantir a aprovação sem modificações.


Atualização em tempo real: Acompanhe no site do Expresso BR as reações de parlamentares e especialistas à proposta.

(Nota: Dados complementares foram baseados em informações públicas da Receita Federal, Dieese e reportagens de veículos como G1 e Folha de S.Paulo).

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