Megaoperação da Polícia Civil desarticula rede de tráfico que movimentou R$ 52 milhões no Paraná

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) deflagrou nesta terça-feira (15) uma operação de grande porte para desarticular uma organização criminosa acusada de movimentar R$ 52 milhões em dois anos com o tráfico de drogas no Sudoeste do estado. A ação, batizada de “Operação Rota Sudoeste”, mobilizou 120 agentes e cumpriu 37 mandados judiciais — incluindo prisões preventivas, buscas e apreensões — em municípios como Francisco Beltrão, Manfrinópolis, Três Barras do Paraná e Chapecó (SC).

Esquema milionário e lavagem de dinheiro

O grupo, liderado por um homem que vivia em um imóvel de alto padrão em Francisco Beltrão, utilizava empresas de fachada registradas em setores como alimentação, transporte, hotelaria e beleza para lavar recursos ilícitos. As empresas, sediadas na mesma cidade, eram geridas por “laranjas” para ocultar a origem do dinheiro. Investigadores revelaram que o líder do esquema chegou a adquirir caminhões avaliados em R$ 2 milhões após ser solto de uma prisão anterior relacionada ao tráfico.

Rotas interestaduais e apreensões históricas

A quadrilha atuava trazendo drogas de áreas de fronteira para armazená-las em propriedades rurais do Sudoeste paranaense, antes de distribuí-las para estados como Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Goiás. A logística incluía o uso de veículos “batedores” para despistar fiscalizações.

A investigação teve início em junho de 2023, após a Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreender 5 toneladas de maconha em um caminhão em Francisco Beltrão. Desde então, outras cargas foram interceptadas:

  • Fevereiro de 2025: 5 toneladas de maconha escondidas em sacos de farinha de trigo em São Paulo.
  • Abril de 2025: 2,8 toneladas da droga e um fuzil apreendidos em Minas Gerais, em um caminhão ligado a uma das empresas investigadas.

Colaboração entre forças de segurança

A operação contou com a cooperação da PRF e de polícias civis de outros estados, como São Paulo e Distrito Federal. Em Goiás, um casal que vivia luxuosamente com dinheiro do tráfico foi preso após usar contas bancárias de empresas fictícias para movimentar valores.

Impacto e próximos passos

Além das prisões, a PCPR determinou o bloqueio de contas bancárias e o sequestro de veículos de luxo. A delegada Franciela Alberton destacou que o grupo “integrava a alta sociedade” local, o que dificultava a identificação inicial das atividades criminosas.

As investigações continuam para identificar outros envolvidos e rastrear bens não localizados. A polícia reforça a importância de denúncias anônimas, que podem ser feitas pelos números 197 ou 181.


Fontes: BNT, G1, Hoje Maringá, OBemdito, Portal do Romeu.
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