PL defende licença de Eduardo Bolsonaro para morar nos EUA: entenda a polêmica e as repercussões


O Partido Liberal (PL), legenda do ex-presidente Jair Bolsonaro, manifestou apoio à licença solicitada pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro para residir temporariamente nos Estados Unidos. O parlamentar, filho do ex-chefe do Executivo, protocolou um pedido de afastamento de 120 dias da Câmara, alegando motivos pessoais. A decisão, porém, gerou debates acalorados sobre o timing político e os reais objetivos da mudança.

De acordo com nota oficial divulgada pelo PL, a licença está “amparada na legislação vigente” e respeita “o direito à privacidade do parlamentar”. O partido destacou que Eduardo cumpriu “todos os trâmites regimentais” e que seu afastamento não impactará as atividades da bancada. Entretanto, críticos apontam contradições: Eduardo Bolsonaro é um dos principais aliados do pai no Congresso e sua ausência coincide com discussões críticas, como a possível revisão das urnas eletrônicas e a atuação da oposição.

Dados complementares obtidos em portais de notícias revelam que, nos últimos anos, ao menos 15 deputados federais solicitaram licenças similares por períodos superiores a 60 dias. Especialistas em direito constitucional consultados pela reportagem explicam que, embora o regimento interno permita afastamentos por até 120 dias, a justificativa de “interesse particular” costuma ser questionada quando há indícios de sobreposição com agendas políticas.

Nas redes sociais, a polêmica ganhou proporções: apoiadores do bolsonarismo defendem o “direito de ir e vir”, enquanto opositores ironizam a mudança. “Enquanto o Brasil discute inflação e emprego, Eduardo prefere Miami”, escreveu um usuário no X (antigo Twitter). Já o PL reforçou que o deputado manterá “atividades públicas” nos EUA, incluindo palestras e encontros com brasileiros residentes.

O caso reacende discussões sobre o uso de licenças parlamentares e a transparência na política. Enquanto isso, Eduardo Bolsonaro não detalhou se pretende prorrogar o período no exterior ou como conciliará a rotina legislativa com a residência temporária nos Estados Unidos.

Contexto adicional:

  • Eduardo Bolsonaro é investigado em inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF), incluindo o caso dos “atos antidemocráticos” de 8 de janeiro de 2024,
  • O PL é o maior partido da Câmara, com 96 deputados, e lidera articulações para as eleições municipais de 2024.

A situação mantém o bolsonarismo no centro das atenções, misturando questões jurídicas, políticas e familiares. E você, o que acha?

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