Reação de Mauro Cid ao ter prisão decretada: desespero registrado em vídeo

Na quinta-feira (20), o Supremo Tribunal Federal (STF) divulgou um vídeo que mostra a reação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, ao ser informado sobre sua prisão preventiva. A gravação, realizada em 22 de março de 2024, foi tornada pública pelo ministro Alexandre de Moraes.

No vídeo, durante uma audiência conduzida pelo juiz instrutor Airton Vieira, do gabinete de Moraes, Cid ouve o anúncio de sua prisão e imediatamente leva a mão esquerda à testa. Em seguida, empurra uma caneta esferográfica azul e apoia a cabeça nas mãos, demonstrando desespero.

A prisão de Cid foi decretada após o vazamento de áudios em que ele afirmava ter sido pressionado pela Polícia Federal durante depoimentos e fazia críticas ao ministro Alexandre de Moraes. Essas gravações foram divulgadas pela revista “Veja” no dia anterior à sua detenção.

O ex-ajudante de ordens já havia sido preso anteriormente, em maio de 2023, sob acusação de envolvimento na falsificação de cartões de vacinação contra a Covid-19 para Jair Bolsonaro, seus familiares e assessores. Após quase seis meses detido, Cid firmou um acordo de delação premiada com a Polícia Federal, homologado pelo ministro Alexandre de Moraes, o que resultou em sua libertação. Contudo, a divulgação dos áudios levou à nova ordem de prisão por descumprimento de medidas judiciais e obstrução da Justiça.

A defesa de Mauro Cid argumentou que os áudios não causaram prejuízo às investigações e que não houve obstrução da Justiça. Em maio de 2024, Cid foi novamente solto por determinação do ministro Alexandre de Moraes, comprometendo-se a cumprir uma série de restrições, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de comunicação com outros investigados.

A divulgação do vídeo pelo STF ocorre em meio a debates sobre a validade da delação premiada de Cid, que pode ser anulada devido às supostas omissões e descumprimentos das condições estabelecidas no acordo. A decisão final sobre a manutenção dos benefícios da colaboração cabe ao ministro Alexandre de Moraes.

A trajetória de Mauro Cid tem sido marcada por uma série de prisões e investigações relacionadas a diferentes acusações, incluindo tentativa de golpe de Estado, falsificação de documentos e venda de presentes oficiais da Presidência da República. As investigações continuam em andamento, e novos desdobramentos são aguardados nos próximos meses.

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