Tarifaço de Trump provoca caos nos mercados globais: Circuit Breaker é acionado em Tóquio após wuedas históricas


Quedas Históricas e Medidas de Emergência
A segunda-feira (7/4) começou com turbulência extrema nos mercados financeiros globais, impulsionada pelo agravamento das tensões comerciais após o anúncio de novas tarifas pelo ex-presidente dos EUA Donald Trump. Em Tóquio, o índice Nikkei 225 despencou mais de 8% no início da sessão, obrigando a Bolsa do Japão a acionar o circuit breaker — mecanismo que interrompe negociações temporariamente para conter pânico generalizado . O cenário reflete o temor de investidores com a escalada do “tarifaço”, que já eliminou US$ 4,9 trilhões do valor das ações mundiais desde o início da crise .


Reação em Cadeia nos Mercados
A Ásia liderou as perdas, com Hong Kong registrando o pior dia em 28 anos (-13,22%), enquanto o índice Shanghai Composite (China) recuou 6,4% . Na Europa, o DAX alemão chegou a cair quase 10%, e o FTSE 100 (Reino Unido) recuou 6%, com setores como defesa e bancos sofrendo quedas de dois dígitos . Nos EUA, o S&P 500 teve sua pior semana desde 2020, com quedas acumuladas de 5,38% apenas na quinta-feira (3/4) .

Commodities em Colapso
O petróleo Brent caiu 6% nesta sexta-feira (4/4), somando-se a uma queda de 10% na semana anterior, enquanto o cobre recuou 6% — reflexo do medo de recessão global e redução da demanda industrial . “As tarifas são uma ameaça direta ao crescimento econômico. O risco de uma recessão global subiu para 60%“, alertou o J.P. Morgan .


Impacto no Brasil: Alívio Relativo
Enquanto o dólar comercial subiu para R$ 5,91, o Ibovespa mostrou resiliência, com queda de 1,38% na segunda-feira (7/4), menos intensa que a média global . Analistas atribuem a estabilidade relativa à taxa de 10% imposta pelo EUA ao Brasil, considerada “suave” comparada a alíquotas de 54% para a China e 36% para a Tailândia . Exportadores brasileiros de commodities, como soja e minério de ferro, podem até se beneficiar com a disputa EUA-China .


Retaliações e Discurso Inflamado
A China retaliou com tarifas de 34% sobre produtos americanos, ampliando o conflito. Trump, porém, manteve o tom provocativo: “Não sejam fracos ou estúpidos! Sejam fortes, e a GRANDEZA virá”, postou em sua rede social Truth Social . Enquanto isso, o FMI alertou que as medidas podem reduzir o PIB global em até 2% se houver retaliações em massa .


Perspectivas: Recessão ou Negociação?
Economistas divergem sobre os próximos passos. Para o Goldman Sachs, o PIB dos EUA pode encolher 0,3% em 2025, enquanto o Fed sinaliza cortes de juros para conter a crise . Já a União Europeia e o Japão pressionam por isenções, mas Trump descarta pausas: “Países que nos exploraram agora imploram por negociações” .


Enquanto líderes globais tentam evitar uma guerra comercial total, os mercados seguem reféns da volatilidade. Para investidores, a recomendação é clara: “É hora de buscar portos seguros, como ouro e títulos públicos”, afirma Jane Sydenham, da Rathbones . O “tarifaço” não apenas testa a resistência da economia global, mas redefine os rumos da geopolítica econômica em 2025.


Fontes: BBC News Brasil [1][3], Valor Econômico [2][4], G1 [6][8], O Globo [7].

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