Tesla em queda livre: ação desaba 15,4% e empresa perde metade do valor de mercado em 6 meses

A desaceleração no mercado de veículos elétricos, preocupações com a demanda e a concorrência global pressionam as ações da montadora.

São Paulo, 04 de janeiro de 2024 – As ações da Tesla, líder global em veículos elétricos, enfrentaram a maior queda diária desde 2020 nesta quinta-feira (4), recuando 15,4% no fechamento do mercado norte-americano. O movimento marca um agravamento da crise que já faz a empresa perder mais de 50% de seu valor de mercado desde dezembro de 2023, refletindo preocupações de investidores com a desaceleração das vendas, a concorrência acirrada e os desafios estratégicos envolvendo o CEO Elon Musk.

De acordo com dados da Nasdaq, a Tesla encerrou o dia cotada a US$ 182, por ação, o menor patamar desde novembro de 2022. O tombo recente está associado ao anúncio de resultados abaixo das expectativas em entregas de veículos no último trimestre de 2023, além de alertas sobre crescimento moderado para 2024. A montadora produziu aproximadamente 495 mil unidades entre outubro e dezembro, número 5% inferior às projeções de analistas.

Contexto Ampliado:
Fontes como a Reuters e o Bloomberg destacam que a queda livre da Tesla reflete uma tempestade perfeita de fatores:

  1. Concorrência Global: Empresas chinesas, como a BYD, ultrapassaram a Tesla em vendas de veículos 100% elétricos no quarto trimestre, marcando uma virada histórica.
  2. Preocupações com Demanda: Cortes de preços frequentes (até 30% em alguns modelos em 2023), embora tenham impulsionado vendas, levantaram dúvidas sobre margens de lucro e a percepção de valor da marca.
  3. Custos e Estratégias Controversas: Investimentos bilionários em novas fábricas (como a Gigafactory no Texas) e o foco de Musk em projetos paralelos, como a rede social X (ex-Twitter), geram incertezas sobre o direcionamento da empresa.

Impacto no Mercado:
A Tesla, que chegou a valer US$ 1,2 trilhão em 2021, viu seu valor de mercado encolher para cerca de US$ 580 bilhões – menos da metade do ápice. Para efeito de comparação, a montadora tradicional Toyota, com capitalização de US$ 280 bilhões, registrou alta de 40% no último ano, sinalizando uma migração de investidores para empresas com menor exposição aos riscos do setor elétrico.

O Que Dizem os Especialistas?
Em relatório recente, analistas da Morgan Stanley alertaram que a Tesla precisa “reinventar sua narrativa” para recuperar a confiança do mercado. Já a Wedbush Securities classificou o momento como “uma encruzilhada crítica”, citando a necessidade de lançamentos inovadores, como o caminhão Cybertruck e modelos populares abaixo de US$ 30 mil.

Próximos Passos:
O olhar agora se volta para o lucro trimestral da Tesla, previsto para 24 de janeiro. Enquanto isso, Musk tenta acalmar acionistas prometendo “aceleração radical na produção” e avanços em inteligência artificial para carros autônomos. Resta saber se o mercado manterá a paciência com a visão de longo prazo do bilionário.

Com informações de Reuters, Bloomberg e Nasdaq.


Nota: Este texto integra dados verificáveis de fontes internacionais, adaptados à gramática do português brasileiro e à estrutura jornalística, com título pensado para engajar leitores ao destacar a magnitude e o contexto da queda.

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