Um estudante de Publicidade e Propaganda foi baleado nas costas na noite desta segunda-feira (24) após ser confundido com um suposto ladrão por um policial militar da reserva. O jovem, que trabalha como mototaxista por aplicativo, estava em serviço no momento do ocorrido. A esposa do militar teria identificado o universitário como o autor de um assalto, levando ao trágico equívoco.
De acordo com informações apuradas, o estudante estava trafegando de moto quando foi abordado pelo PM da reserva, que reagiu ao suposto reconhecimento feito pela esposa. O policial efetuou um disparo, atingindo o jovem nas costas. O universitário foi socorrido e encaminhado a um hospital da região, onde permanece em observação. Seu estado de saúde é estável, mas o caso gerou comoção e revolta nas redes sociais.
A Polícia Militar já se manifestou sobre o ocorrido, afirmando que o policial envolvido é da reserva e que o caso está sendo investigado pela Corregedoria da instituição. Ainda segundo a PM, o militar teria agido “movido pela emoção” após a suposta identificação feita pela esposa. No entanto, testemunhas e familiares do estudante contestam a versão, alegando que não houve qualquer tentativa de assalto e que o jovem estava apenas trabalhando.
O caso reacende o debate sobre a atuação de policiais em situações de suposta ameaça e a necessidade de protocolos mais rígidos para evitar tragédias como essa. Especialistas em segurança pública destacam que situações de confusão e uso desproporcional da força são recorrentes e exigem medidas preventivas, como treinamento adequado e maior controle sobre ações individuais de agentes.
Nas redes sociais, a hashtag #JustiçaParaOUniversitário ganhou força, com usuários exigindo apuração rigorosa do caso e punição para os responsáveis. Familiares e amigos do estudante organizam uma campanha para arrecadar fundos para cobrir despesas médicas e jurídicas.
Enquanto isso, a Corregedoria da PM promete concluir a investigação o mais breve possível, mas o caso já levanta questionamentos sobre a responsabilidade de agentes públicos e a segurança de civis em situações de conflito. A sociedade aguarda respostas, enquanto o universitário se recupera do trauma físico e emocional causado pelo disparo.
Contexto adicional:
Casos como esse não são isolados no Brasil. Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostram que, em 2022, houve um aumento de 8% nas ocorrências envolvendo uso de força por policiais, muitas delas resultando em mortes ou ferimentos graves. A discussão sobre reformas na segurança pública e maior fiscalização das ações policiais continua urgente, especialmente em um cenário onde a população clama por justiça e transparência.
O caso do universitário baleado reforça a necessidade de diálogo e medidas concretas para evitar que tragédias como essa se repitam. Enquanto a investigação segue, a sociedade espera por respostas e por um desfecho que traga justiça e paz para todos os envolvidos.