Em meio aos debates do Fórum Econômico Mundial (WEF), realizado na Suíça, banqueiros e CEOs brasileiros demonstram um consenso: o impacto da gestão de Donald Trump nos Estados Unidos sobre a economia brasileira deve ser limitado.
Os líderes empresariais destacam que a relação comercial entre Brasil e EUA é marcada pela exportação de commodities, como soja e minério de ferro, e por uma balança comercial deficitária para o Brasil. Isso, aliado à característica de o país ser um mercado interno robusto, mas com pouca relevância estratégica nos discursos de Trump, limita possíveis consequências diretas.
Embora as políticas protecionistas do ex-presidente americano tenham afetado parceiros comerciais mais próximos, como o México e a China, o Brasil parece ter escapado de mudanças expressivas. Para muitos executivos, a diversidade das exportações brasileiras e a estrutura da economia nacional garantem uma proteção natural contra mudanças externas vindas dos EUA.
“Enquanto outros países enfrentaram disputas comerciais acirradas, o Brasil conseguiu manter uma posição mais neutra no cenário global”, comentou um dos participantes do evento.
No entanto, alguns alertam para o impacto indireto: possíveis mudanças no cenário econômico global, principalmente na dinâmica das cadeias de suprimento, podem exigir maior adaptação do Brasil nos próximos anos.
A visão otimista e calculada dos banqueiros brasileiros em Davos reforça a confiança na resiliência do país diante das oscilações externas. Ainda assim, o evento serve como um lembrete sobre a importância de diversificar relações comerciais e reforçar a competitividade nacional em um cenário global incerto.