A professora Wiviam Lima Lunardon, de Curitiba, relata um episódio de injustiça e descaso após 18 anos de dedicação à educação. Contratada como docente pelo Processo Seletivo Simplificado (PSS), sempre atuou com comprometimento, lecionando português, espanhol e disciplinas do ensino técnico, sem histórico de reclamações ou faltas.
Porém, no dia 29 de janeiro de 2025, ao consultar a lista de convocação do Núcleo Regional de Educação (NRE) de Curitiba – setor Boa Vista –, seu nome havia simplesmente desaparecido. O choque veio ao buscar explicações com a Secretaria de Estado da Educação do Paraná (SEED-PR): foi informada de que estava impedida de assumir o cargo devido a uma sindicância movida por um juiz. O motivo? Havia ingressado com uma ação judicial para receber débitos do FGTS, um direito garantido pela CLT.
Direitos Trabalhistas x Retaliação?
Segundo Wiviam, a SEED-PR alegou que a exclusão foi determinada pelo juiz. No entanto, a professora afirma que a solicitação partiu da própria secretaria, antes mesmo do processo ser julgado ou finalizado.
“A SEED pediu o bloqueio sem justificativa plausível. Apenas por eu ter reivindicado um direito trabalhista. Isso é uma represália contra quem luta pelos seus direitos?”, questiona.
Impacto na Vida Pessoal e Profissional
O golpe na carreira trouxe consequências devastadoras. Como principal provedora da casa, Wiviam enfrenta dificuldades financeiras e um intenso desgaste emocional. “Estou à base de remédios para ansiedade, vivendo uma incerteza cruel. Tudo porque tive coragem de cobrar o que me pertence por direito.”
Apesar da dor, a professora não pretende se calar. “Luto não só por mim, mas por todos os professores que se dedicam e não podem ser tratados com desrespeito. Precisamos de justiça, precisamos de mudança.”
E agora?
A exclusão de Wiviam levanta um alerta preocupante: quantos outros profissionais estão sofrendo calados, temendo represálias ao reivindicar direitos? O caso evidencia a urgência de uma discussão sobre transparência, respeito aos professores e o cumprimento da legislação trabalhista por parte da SEED-PR.
A denúncia já repercute entre educadores e especialistas em direitos trabalhistas. A grande questão que fica é: quem defende aqueles que educam?