O Equador caminha para um segundo turno eleitoral acirrado entre o atual presidente, Daniel Noboa, e a candidata esquerdista, Luisa González. Com 93% das urnas apuradas, Noboa lidera com 44,26% dos votos, enquanto González segue de perto com 43,84%, configurando um empate técnico.
Esta disputa é uma repetição do cenário eleitoral de 2023, quando Noboa venceu González no segundo turno após ficar atrás no primeiro. A eleição reflete a polarização política no país, dividindo-se entre os apoiadores do ex-presidente Rafael Correa, que sustenta a candidatura de González, e os defensores de Noboa.
Durante seu mandato iniciado em 2023, Noboa, de 37 anos, adotou políticas de segurança rigorosas para combater o narcotráfico, incluindo a militarização das ruas e prisões. Embora essas medidas tenham inicialmente reduzido os índices de criminalidade, os números voltaram a subir, levantando questionamentos sobre a eficácia de sua abordagem. Além disso, o país enfrenta desafios como uma crise energética que resultou em apagões prolongados, aumento da pobreza e do desemprego.
Luisa González, advogada de 45 anos e protegida de Correa, promete combater o crime com operações conjuntas entre forças militares e policiais, além de aumentar os investimentos sociais nas áreas mais afetadas pela violência. Sua campanha tem surpreendido ao superar as expectativas iniciais, aproximando-se significativamente de Noboa e revitalizando a esquerda equatoriana.
O apoio do líder indígena Leonidas Iza, que obteve 5,26% dos votos, poderá ser decisivo no segundo turno. Até o momento, Iza não declarou apoio a nenhum dos candidatos, afirmando que buscará alinhar-se com quem melhor defender os interesses do país.
A participação eleitoral foi de 83%, e o segundo turno está marcado para 13 de abril. O resultado permanece incerto, e ambos os candidatos intensificarão suas campanhas para conquistar os votos dos indecisos e dos eleitores dos candidatos eliminados no primeiro turno.