Em discurso proferido na Cúpula para Ação sobre Inteligência Artificial, realizada em Paris, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, destacou os perigos associados à concentração do desenvolvimento da inteligência artificial (IA) nas mãos de poucos atores. Segundo o chanceler, essa centralização pode acarretar “sérias consequências” para as democracias ao redor do mundo.
Vieira enfatizou que, se a revolução da IA for conduzida sem controle e por um grupo restrito, há o risco de corrosão dos sistemas democráticos, comprometendo regimes internacionais e minando os fundamentos do direito internacional, da verdade e dos laços sociais.
O ministro defendeu a necessidade de uma governança internacional para a IA, ressaltando a importância de um diálogo aberto, equitativo e inclusivo, que respeite as necessidades e prioridades de cada país. Ele afirmou que o Brasil atuará de forma resoluta para que os parâmetros de governança da inteligência artificial sejam definidos multilateralmente nas Nações Unidas.
A Cúpula para Ação sobre Inteligência Artificial reuniu líderes globais e especialistas para discutir os desafios e oportunidades relacionados ao avanço da IA. A participação do Brasil, representado pelo chanceler Mauro Vieira, reforça o compromisso do país em promover uma abordagem ética e inclusiva no desenvolvimento e aplicação dessas tecnologias emergentes.