Jornalista é assassinada a facadas horas após obter medida protetiva contra ex-noivo em Campo Grande

A jornalista e assessora de imprensa do Ministério Público do Trabalho (MPT), Vanessa Ricarte, de 42 anos, foi morta a facadas pelo ex-noivo, o músico Caio Nascimento, de 35 anos, na tarde de quarta-feira (12), em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Horas antes do crime, Vanessa havia registrado um boletim de ocorrência na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) e obtido uma medida protetiva contra Caio, devido a ameaças que vinha sofrendo.

Após sair da delegacia, Vanessa retornou à residência que compartilhava com o ex-companheiro para buscar seus pertences pessoais. No local, houve uma discussão, e Caio a atacou com três facadas no tórax, atingindo o coração. A jornalista foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros e encaminhada à Santa Casa de Campo Grande, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu na madrugada de quinta-feira (13).

Caio Nascimento foi preso em flagrante pela Polícia Militar e conduzido à Deam, onde permaneceu em silêncio, afirmando que só se manifestaria em juízo. Ele possui histórico de violência doméstica.

Este é o segundo caso de feminicídio registrado em Mato Grosso do Sul neste ano e o primeiro na capital. No dia 1º de fevereiro, Karina Corin, de 29 anos, foi morta pelo ex-companheiro em Caarapó. O autor do crime também assassinou a amiga de Karina, Aline Rodrigues, de 32 anos.

Casos como o de Vanessa evidenciam a fragilidade das medidas protetivas em situações de violência doméstica. Em janeiro deste ano, uma mulher de 32 anos foi perseguida e morta a tiros pelo ex-companheiro em São Francisco de Assis, Rio Grande do Sul, mesmo após ter obtido uma medida protetiva contra ele.

A Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Campo Grande informou que realizará uma coletiva de imprensa para fornecer mais detalhes sobre o caso.

A morte de Vanessa Ricarte reforça a necessidade de revisão e fortalecimento das políticas de proteção às mulheres vítimas de violência, buscando garantir sua segurança e integridade mesmo após a concessão de medidas judiciais.

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