O ex-presidente Jair Bolsonaro foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) sob a acusação de liderar uma organização criminosa que teria planejado um golpe de Estado após sua derrota nas eleições de 2022. Em resposta, Bolsonaro classificou as acusações como “vagas” e afirmou que “o mundo está atento ao que se passa no Brasil”.
A denúncia, apresentada pelo procurador-geral Paulo Gonet, inclui outras 33 pessoas, entre elas o ex-ministro Walter Braga Netto. Os crimes imputados ao grupo abrangem desde a abolição violenta do Estado Democrático de Direito até a formação de organização criminosa. Se condenado, Bolsonaro pode enfrentar penas que ultrapassam 40 anos de prisão.
Em suas redes sociais, Bolsonaro comparou a situação do Brasil a regimes autoritários como os da Venezuela, Nicarágua e Cuba, sugerindo que as acusações seriam uma forma de perseguir opositores e silenciar vozes dissidentes. Ele declarou: “A cartilha é conhecida: fabricam acusações vagas, se dizem preocupados com a democracia ou com a soberania, e perseguem opositores, silenciam vozes dissidentes e concentram poder”.
A comunidade internacional tem acompanhado de perto os desdobramentos. Líderes políticos e organizações de direitos humanos expressaram preocupação com a estabilidade democrática no país. Analistas apontam que o desenrolar desse processo poderá impactar significativamente o cenário político brasileiro e a percepção externa sobre o compromisso do Brasil com os princípios democráticos.
O Supremo Tribunal Federal (STF) avaliará a admissibilidade da denúncia nos próximos dias. Enquanto isso, Bolsonaro permanece ativo em suas redes sociais, mobilizando seus apoiadores e reafirmando sua inocência diante das acusações.