A Alemanha encerrou, na tarde deste domingo (23), a votação para a escolha de um novo governo. Pesquisas de boca de urna indicam uma vitória do CDU (União Democrata-Cristã), partido conservador liderado por Friedrich Merz, enquanto o AfD (Alternativa para a Alemanha), sigla da extrema direita, surge em segundo lugar, consolidando-se como a força política que mais cresceu no pleito. Caso os números sejam confirmados, o desempenho do AfD marcará um recorde histórico para partidos de extrema direita no país desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
O CDU, tradicional força política alemã, obteve cerca de 30% dos votos, segundo as primeiras projeções. Já o AfD, que nos últimos anos ampliou sua base eleitoral em estados do leste do país, alcançou aproximadamente 22% da preferência do eleitorado. Esse resultado reflete um aumento significativo de apoio ao partido, que tem capitalizado insatisfações com a imigração, a crise energética e o desempenho econômico do governo anterior.
Analistas políticos destacam que o crescimento do AfD representa um desafio para a estabilidade política alemã e para a União Europeia, já que o partido defende políticas contrárias ao bloco europeu e ao euro. A possível influência da extrema direita no novo governo deve gerar debates acalorados nos próximos meses, especialmente em relação a temas como imigração, segurança e políticas ambientais.
A formação de coalizões agora será crucial para a governabilidade. O CDU, embora vitorioso, não obteve maioria absoluta e precisará negociar com outros partidos, como o SPD (Partido Social-Democrata) e os Verdes, para garantir a estabilidade do próximo governo. Enquanto isso, o AfD, fortalecido, promete atuar como uma oposição vigorosa, pressionando por mudanças radicais na política interna e externa alemã.
O resultado das eleições na Alemanha, maior economia da Europa, é visto com atenção por líderes mundiais, já que o país desempenha um papel central em questões como a guerra na Ucrânia, a transição energética e a crise climática. A confirmação dos dados oficiais nos próximos dias trará mais clareza sobre os rumos que a nação seguirá nos próximos anos.