Quem acompanha de perto os bastidores da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) conhece bem os capítulos turbulentos que envolvem o deputado Renato Freitas. Recentemente, o parlamentar petista chamou o colega Tariano de corrupto, acusação que gerou rebuliço no plenário. No entanto, Freitas enfrenta seus próprios fantasmas: ele fez um acordo com o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) e devolveu valores considerados fruto de irregularidades, o que acabou silenciando sua defesa em relação a críticas semelhantes.
Na Alep, a relação de Freitas com os demais deputados é, no mínimo, conturbada. Cerca de 90% dos parlamentares, segundo observadores, fazem “beicinhos” para o petista, demonstrando descontentamento com suas posturas e declarações incisivas. Freitas, conhecido por ser “fogão quente”, não economiza nas palavras e enfrenta os colegas com discursos inflamados, o que tem gerado atritos constantes.
A situação chegou a um ponto crítico: muitos deputados querem a cabeça de Renato Freitas, em um movimento que remete à época em que ele era vereador em Curitiba. Naquele período, Freitas foi cassado após a polêmica invasão de uma igreja, episódio que ele sempre negou. Curiosamente, até o padre envolvido no caso admitiu que não houve invasão, mas a decisão foi mantida. Anos depois, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a restituição do mandato de Freitas, considerando que houve violação de seus direitos políticos.
Agora, na Alep, a história parece se repetir, com Freitas no centro de novas controvérsias. Seus adversários aproveitam cada declaração polêmica para tentar minar sua atuação política. Enquanto isso, o deputado petista segue firme, enfrentando as críticas e mantendo seu estilo combativo, que tanto atrai quanto repulsa no cenário político paranaense.
A pergunta que fica é: até onde vai a resistência de Renato Freitas em meio a tantas turbulências? Enquanto isso, a Alep segue como palco de um embate que mistura acusações, polêmicas e a busca por justiça – ou vingança – no jogo do poder.