Um caso de exercício ilegal da medicina chamou a atenção no Paraná nesta semana. Um médico paraguaio, que não possuía o Revalida (exame obrigatório para validar diplomas estrangeiros no Brasil), foi preso após ser descoberto atendendo pacientes com um carimbo cedido por outro profissional. Os dois médicos, cujos nomes não foram divulgados, foram detidos e estão sob investigação.
De acordo com informações divulgadas pela polícia, o médico paraguaio atuava em um município do Paraná, utilizando o carimbo e a assinatura de um colega brasileiro para realizar consultas e prescrever medicamentos. A situação veio à tona após denúncias anônimas, que levaram a uma investigação das autoridades competentes.
A prefeitura da cidade em questão emitiu uma nota informando que notificou a empresa terceirizada responsável pela contratação dos médicos. A administração municipal determinou a substituição imediata do profissional acusado de ceder seu carimbo e assinatura ao colega paraguaio. Além disso, a prefeitura afirmou que está colaborando com as investigações para apurar possíveis falhas no processo de contratação e fiscalização.
O caso levantou debates sobre a fiscalização de profissionais da saúde no país, especialmente em regiões onde há carência de médicos. O Revalida, exame exigido para a revalidação de diplomas médicos obtidos no exterior, é uma das principais barreiras para garantir que os profissionais tenham formação adequada para atuar no Brasil. A ausência desse documento, como no caso do médico paraguaio, coloca em risco a segurança e a saúde dos pacientes.
As autoridades reforçaram a importância de denúncias para coibir práticas irregulares na área da saúde. A população foi orientada a verificar sempre a autenticidade dos profissionais, consultando os registros no Conselho Regional de Medicina (CRM) de cada estado.
Enquanto aguardam o desfecho do processo legal, os dois médicos permanecem presos, e o caso serve de alerta para a necessidade de maior rigor na fiscalização de profissionais da saúde em todo o país.