PEC propõe semana de 4 dias de trabalho: deputada Erika Hilton lidera movimento por mudança na jornada laboral

A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) deu um passo importante nesta terça-feira (25) ao protocolar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa acabar com a escala 6 por 1 e reduzir a jornada de trabalho para quatro dias úteis, com três dias de folga por semana. A proposta já conta com 234 assinaturas, superando o mínimo necessário de 171 para que o texto possa tramitar no Congresso Nacional.

A iniciativa, que tem ganhado força em diversos países, busca equilibrar a vida pessoal e profissional, além de promover maior produtividade e bem-estar dos trabalhadores. Estudos internacionais, como os realizados na Islândia e no Japão, mostram que a redução da jornada de trabalho pode resultar em aumento da eficiência e melhoria na qualidade de vida dos funcionários, sem prejudicar a economia.

Erika Hilton, conhecida por sua atuação em defesa dos direitos humanos e das minorias, destacou que a proposta é um avanço necessário diante das mudanças no mundo do trabalho, especialmente após a pandemia de Covid-19, que acelerou a discussão sobre modelos mais flexíveis. “Precisamos adaptar nossa legislação às novas realidades, garantindo que os trabalhadores tenham mais tempo para descansar, cuidar da saúde e estar com suas famílias”, afirmou a deputada.

A PEC ainda precisa passar por várias etapas, incluindo análise em comissões e votação em dois turnos na Câmara dos Deputados e no Senado. Caso aprovada, a mudança pode representar uma transformação significativa no mercado de trabalho brasileiro, que ainda opera majoritariamente sob o modelo tradicional de cinco dias úteis e dois de descanso.

Enquanto isso, a proposta já gera debates entre especialistas, sindicatos e empresários. Defensores argumentam que a medida pode reduzir o estresse e o burnout, enquanto críticos alertam para possíveis impactos na produtividade e nos custos das empresas. O tema promete aquecer as discussões nos próximos meses, com a sociedade civil e os setores produtivos acompanhando de perto os desdobramentos.

Com informações complementares de estudos internacionais e análises de especialistas, a proposta de Erika Hilton coloca o Brasil na rota de um movimento global que busca repensar o futuro do trabalho. Agora, resta aguardar os próximos capítulos dessa tramitação, que pode mudar a rotina de milhões de brasileiros.

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