O ex-presidente Jair Bolsonaro está no centro de uma nova polêmica envolvendo o suposto mau uso de dinheiro público. Desta vez, as acusações giram em torno das famosas “motociatas”, eventos que se tornaram uma marca de seu governo. Segundo denúncias, esses eventos teriam sido custeados com recursos do cartão corporativo, incluindo gastos com combustível e até a compra de motos.
As informações ganharam destaque após declarações do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, que afirmou em depoimento à Polícia Federal (PF) e ao Ministério Público Federal (MPF) que os recursos do cartão corporativo foram utilizados para financiar não apenas os custos operacionais das motociatas, mas também para adquirir motos. “Além dos combustíveis usados nos eventos, até compras de motos eram pagas com o cartão corporativo”, revelou Cid.
A denúncia, que já circula em grupos de WhatsApp, ganhou novos detalhes após uma avaliação solicitada pelo MPF. O documento aponta que as motociatas teriam sido “infladas” com recursos públicos, o que levantou suspeitas de prevaricação por parte de autoridades que teriam deixado de apresentar as denúncias ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à Câmara dos Deputados para abertura de processos de cassação ou impeachment.
O caso está atualmente sob sigilo na Procuradoria-Geral da República (PGR), sob o número PGR-00059303/2025, e é conduzido pelo procurador-geral Paulo Gonet. A delação de Mauro Cid, que colabora com as investigações, trouxe à tona detalhes que podem intensificar as pressões sobre o ex-presidente e seu círculo de aliados.
Enquanto isso, a opinião pública se divide entre os que defendem a necessidade de apuração rigorosa dos fatos e os que veem nas denúncias mais um capítulo de perseguição política. A situação promete gerar novos desdobramentos, especialmente diante da possibilidade de que mais informações sejam reveladas nos próximos meses.
Leia mais: Recomenda-se a leitura do documento oficial do MPF para entender a fundo as acusações e os detalhes técnicos da investigação. O caso pode representar um novo desafio para a imagem de Bolsonaro, que já enfrenta uma série de questionamentos sobre sua gestão e o uso de recursos públicos durante seu mandato.
