Mensagens obtidas pela Polícia Federal indicam que auditores contratados pelo Partido Liberal (PL), liderado por Valdemar Costa Neto, sabiam que não havia evidências de fraude nas urnas eletrônicas durante as eleições de 2022. Apesar disso, a legenda bolsonarista prosseguiu com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo a anulação do segundo turno, alegando supostas irregularidades no processo eleitoral.
As provas incluem mensagens entre peritos do Instituto Voto Legal, contratado pelo PL para avaliar a integridade das urnas. Esses especialistas relataram à cúpula do partido, inclusive ao próprio Costa Neto, que as auditorias não identificaram nenhuma anomalia significativa. Mesmo assim, o partido apresentou um relatório contraditório ao TSE, que rejeitou o pedido e impôs uma multa de R$ 22,9 milhões ao PL por litigância de má-fé.
Em depoimentos, Costa Neto admitiu que a ação foi movida devido a pressões políticas, reforçando que a narrativa de fraude não tinha fundamento técnico. As revelações fazem parte de uma investigação mais ampla que apura tentativas de descredibilizar o sistema eleitoral brasileiro, envolvendo líderes políticos e financiadores, possivelmente conectados a uma suposta tentativa de golpe para manter Jair Bolsonaro no poder【6】【7】.
A repercussão do caso pode complicar ainda mais a situação jurídica do PL e de seus líderes, que já enfrentam acusações graves relacionadas a desinformação e instabilidade institucional.