O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), expressou insatisfação com recentes ações da Polícia Federal (PF), incluindo indiciamentos de parlamentares. Lira afirmou estar preocupado com o que classificou como abusos de poder que comprometem a independência do Legislativo. As críticas surgem em meio a operações que miraram aliados políticos e reacenderam debates sobre os limites das investigações no Congresso.
Entre os casos citados está a Operação Lesa Pátria, que atingiu gabinetes de deputados como Carlos Jordy (PL-RJ), investigado por incitação aos atos golpistas de 8 de janeiro. Lira e outros parlamentares argumentam que tais ações ferem prerrogativas parlamentares e sugerem mudanças para reforçar a proteção do Legislativo, incluindo propostas para limitar investigações sem autorização das mesas diretoras da Câmara e do Senado【10】【11】.
Em discurso, Lira também criticou a falta de coordenação entre as forças de segurança pública e sugeriu que a PF estaria priorizando ações de impacto midiático. Por outro lado, ele mantém a narrativa de respeitar as relações institucionais com o Judiciário, mas há um claro tensionamento no ar. Enquanto aliados de Lira articulam medidas legislativas, opositores e especialistas alertam para o risco de ingerência política na autonomia das investigações policiais【11】.
A pauta reflete uma crescente disputa entre os poderes, com possível impacto direto na percepção pública sobre a relação entre o Congresso e a Justiça. A proposta de limitar ações da PF ainda enfrenta resistência, mas conta com apoio de bancadas influentes.