Cantor Leonardo é alvo de processo milionário


Por Júlio Take | Atualizado em 10/03/2025

O cantor sertanejo Leonardo, nome artístico de Emival Eterno da Costa, e empresários associados enfrentam uma crise jurídica após serem processados por venda de terrenos irregulares em Querência, município a 950 km de Cuiabá (MT). O caso, que já soma dois processos na Justiça, envolve transações que ultrapassam R$ 48 milhões e afetaram centenas de compradores, segundo informações de múltiplas fontes .


O esquema e as acusações

Os lotes do Residencial Munique, empreendimento vinculado a Leonardo, foram comercializados sem registro na prefeitura ou aprovação municipal, violando a Lei nº 6.766/1979, que exige regularização para a venda de terrenos . Os compradores alegam que, em vez de adquirirem imóveis, receberam cotas societárias de empresas responsáveis pelo loteamento, o que complica a regularização e a devolução do dinheiro .

A Justiça de MT determinou, em janeiro de 2025, a suspensão das cobranças das parcelas e proibiu a inclusão dos nomes dos consumidores em cadastros de inadimplência. A decisão, no entanto, é temporária, e o caso aguarda resolução definitiva .


O papel de Leonardo: garoto-propaganda ou sócio?

Enquanto a assessoria do cantor nega qualquer participação administrativa nos negócios — alegando que ele apenas atuou como garoto-propaganda da empresa AGX Smart Life —, vídeos de divulgação mostram Leonardo incentivando investimentos no empreendimento. Em um registro de 2022, ele afirma: “AGX e Leonardo! Estamos aqui em Querência com vários empreendimentos. Venha fazer um bom negócio” .

A empresa AGX, comandada pelo empresário Aguinaldo José Anacleto, parceiro de Leonardo, defende que o projeto não vendia lotes, mas cotas em uma Sociedade em Conta de Participação (SCP). A estratégia, segundo a AGX, é legal, mas os compradores contestam, afirmando que foram induzidos a acreditar na compra de terrenos físicos .


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