Foragido por homicídio quase ingressa na Polícia Civil de SP: prisão ocorre durante prova oral do concurso

Um homem de 40 anos, foragido da Justiça há 16 anos por roubo e homicídio, chegou às etapas finais de um concurso para investigador da Polícia Civil de São Paulo. Cristiano Rodrigo da Silva, acusado de matar um comerciante na zona leste da capital em 2007, foi preso na última segunda-feira ao comparecer à prova oral na Academia de Polícia, em Santos.

De acordo com informações apuradas, Silva passou por todas as etapas do concurso, incluindo testes físicos, psicológicos e até a investigação social – fase que avalia a conduta e o histórico do candidato. A falha no processo de checagem foi revelada apenas após uma denúncia anônima, que alertou as autoridades sobre o mandado de prisão preventiva pendente contra o homem.

O crime que o tornou foragido
Cristiano é acusado de participar do assassinato de um comerciante de 35 anos, ocorrido durante um roubo em 2007. Segundo registros, a vítima foi rendida, agredida e morta a tiros. O caso, que permanece sem solução, teve novas investigações impulsionadas após a prisão do foragido.

Como ele passou despercebido?
A Polícia Civil abriu sindicância para apurar como o mandado de prisão não foi identificado durante as etapas anteriores do concurso. Especialistas ouvidos pela reportagem sugerem que Silva pode ter usado documentos falsos ou se beneficiado de falhas na integração de bancos de dados entre instituições.

Repercussão e próximos passos
A prisão ocorreu de forma discreta, durante a realização da prova oral. Agentes da Delegacia de Capturas cercaram o local e prenderam Silva, que agora responde pelo homicídio e pelo roubo. A corporação emitiu nota reforçando o “compromisso com a lisura dos processos seletivos” e afirmou que “medidas estão sendo tomadas para evitar recorrências”.

O caso chama atenção para desafios nos sistemas de verificação de antecedentes em concursos públicos, especialmente em carreiras ligadas à segurança. Enquanto isso, familiares da vítima aguardam justiça: “Ele viveu anos como se nada tivesse acontecido. Esperamos que agora pague pelo que fez”, declarou um parente em entrevista.

Curiosidade: Este não é o primeiro caso do tipo. Em 2019, um homem condenado por tráfico tentou ingressar na PM-SP usando identidade falsa, mas foi detido durante o curso de formação.

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