Guilherme debate com educadores a realidade das escolas do Paraná: baixos salários, infraestrutura precária e falta de investimento ameaçam futuro de milhares de alunos
Em um encontro tenso realizado nesta semana em Curitiba, o apresentador de um programa de debates no YouTube Guilherme ouviu relatos angustiantes de professores da rede pública do Paraná sobre os desafios que permeiam a educação no estado. Docentes relataram salários defasados, condições de trabalho insalubres e o avanço da evasão escolar, enquanto especialistas apontam para um possível “colapso estrutural” caso não haja intervenção imediata.
Dados alarmantes reforçam o debate
Segundo o último levantamento do Departamento Estadual de Educação (2023), o Paraná registrou uma taxa de evasão escolar de 15% no ensino médio, acima da média nacional (12,7%). Além disso, dados do INEP revelam que 40% das escolas estaduais operam sem laboratórios de ciências ou bibliotecas adequadas. Enquanto isso, o piso salarial dos professores paranaenses, hoje em R$ 3.500 para 40 horas semanais, está entre os mais baixos do Sul do Brasil.
“Não somos heróis, somos profissionais exaustos”, desabafa professora
Durante reunião, uma professora de Londrina, que preferiu não se identificar, destacou: “Trabalho em três turnos para complementar a renda, mas ainda assim não consigo pagar minhas contas. Como vou inspirar meus alunos se o próprio estado não valoriza meu trabalho?”. Outros relatos apontaram escolas sem aquecimento no inverno e sem ar condicionado no calor, falta de materiais básicos e até goteiras que interrompem aulas.
Greve iminente e pressão política
Professores descontentes acreditam que o sindicato que os representam deveria deflagrar greve geral o mais rápido possível caso o governo não apresente um plano de reajuste salarial acima da inflação. O apresentador Guilherme, comprometeu-se se solidarizar e auxiliar na luta colocando o seu canal a disposição para cobrir uma futura greve dos educadores “É inaceitável que o Paraná, um estado rico, trate seus professores como segunda categoria. Vamos pressionar por investimentos urgentes e por um pacto pela educação”.
Contexto nacional agrava cenário
Dados públicos apontam que o MEC anunciou cortes de R$ 1,7 bilhão no orçamento da educação básica, o que deve impactar programas de merenda e transporte escolar no estado. Especialistas alertam: sem ações coordenadas, o Paraná pode retroceder duas décadas em indicadores educacionais.
Para especialistas, crise reflete desvalorização histórica
Maria Lúcia Pedroso, doutora em políticas educacionais pela UFPR, ressalta: “O Paraná investe apenas 2,8% do PIB estadual em educação, abaixo do mínimo recomendado pela ONU (6%). Sem mudanças, veremos uma geração inteira de alunos prejudicada”.
Enquanto a mobilização cresce, pais e alunos se unem aos professores em protestos. O grito por educação de qualidade, agora, ecoa não apenas nas salas de aula, mas nas ruas do Paraná.
E você, o que acha?
A crise na educação é prioridade ou um problema invisível? Deixe sua opinião!
Fontes consultadas: Dados do INEP (2023), SindEducação-PR, Secretaria de Educação do PR e relatórios do MEC.