Escândalo no Lollapalooza: banda retrata Milei como “diabo de cabeça explosiva” e inflama debate político na Argentina


Em meio aos palcos do Lollapalooza Argentina, um momento polêmico roubou a cena: uma banda local exibiu um vídeo impactante que mostrava o presidente Javier Milei transformado em uma figura demoníaca com a cabeça em processo de explosão. A imagem, carregada de simbolismo crítico, viralizou nas redes sociais e reacendeu discussões sobre a relação entre arte, política e liberdade de expressão no país.

A cena ocorreu durante o show de um grupo conhecido por suas letras contestadoras, que não poupou críticas às medidas econômicas radicais de Milei e ao seu estilo confrontativo. No vídeo, o mandatário argentino aparecia com chifres, olhos vermelhos e uma animação gráfica que simulava seu crânio despedaçando-se — uma metáfora visual direta às acusações de que suas políticas estariam “destruindo” o país.

A plateia reagiu com misto de aplausos e vaias, refletindo a polarização que Milei desperta na sociedade argentina. Enquanto apoiadores do governo classificaram o ato como “discurso de ódio”, defensores da liberdade artística celebraram a ousadia. Nas redes, a hashtag #MileiDiablo trendou por horas, com memes, análises e até teólogos discutindo o uso de iconografia religiosa na crítica política.

O episódio reabre questões delicadas: até que ponto a arte pode satirizar figuras públicas? E como festivais globais, como o Lollapalooza, lidam com manifestações locais de contundência política? Enquanto a Presidência argentina não se pronunciou, organizadores do evento evitam comentários, mas fontes sugerem debates internos sobre limites da criatividade em palcos multinacionais.

Uma coisa é certa: a explosão da cabeça de Milei, ainda que metafórica, já detonou um rastro de debates reais — e a Argentina segue dividida entre o riso ácido, a indignação e a pergunta: que outros fantasmas a arte despertará nesta era de populismos inflamados?

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