STF Avalia que mudança de Eduardo Bolsonaro aos EUA pode antecipar fuga de Jair Bolsonaro após risco de condenação por golpe


Ministros do STF vêem viagem de Eduardo Bolsonaro aos EUA como indício de exílio de Jair Bolsonaro

Uma movimentação recente do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), está sendo analisada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) como um possível passo estratégico para facilitar uma eventual fuga do ex-mandatário do país. Segundo fontes próximas à Corte, a decisão de Eduardo de se estabelecer nos Estados Unidos — onde já adquiriu um imóvel na Flórida — levantou suspeitas de que a família Bolsonaro estaria preparando um “plano B” para escapar de ações judiciais, principalmente diante do risco de condenação de Jair Bolsonaro por suposta tentativa de golpe após as eleições de 2022.

Contexto das investigações
Jair Bolsonaro enfrenta múltiplas investigações, incluindo processos por atos antide
mocráticos, suspeita de incitação aos ataques de 8 de janeiro de 2023 e irregularidades como o caso das “joias da Arábia”. Além disso, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julgará em junho um processo que pode torná-lo inelegível por oito anos por críticas infundadas ao sistema eleitoral. Com a proximidade de decisões judiciais, ministros do STF avaliam que a ida de Eduardo aos EUA pode sinalizar uma rede de apoio para um eventual exílio do ex-presidente, evitando cumprir penas no Brasil.

Histórico de proximidade com os EUA
A Flórida, destino escolhido por Eduardo, já abriga aliados bolsonaristas, como o ex-ministro Anderson Torres. Dados de veículos como Folha de S.Paulo e G1 revelam que a região tornou-se um refúgio para figuras políticas brasileiras em situações delicadas, devido à complexidade de acordos de extradição entre Brasil e EUA. Eduardo já morou no país durante parte do mandato do pai, entre 2019 e 2022, como representante do Brasil na OEA.

Especialistas alertam para risco de impunidade
Para juristas cons
ultados, a estratégia de transferir familiares para o exterior é comum em casos de risco de prisão. “A presença de um filho nos EUA facilita a estruturação de um exílio, garantindo apoio logístico e financeiro”, explica Carla Araújo, professora de Direito Constitucional da USP. Entretanto, o governo norte-americano não costuma conceder asilo a figuras acusadas de crimes não políticos — o que pode complicar o plano, já que as acusações contra Bolsonaro incluem crimes comuns, como falsificação de carteiras de vacinação.

Defesa de Bolsonaro nega acusações
Advogados do ex-presidente classificaram as suspeitas como “especulação infundada” e afirmaram que Eduardo viajou por motivos pessoais. Em nota, a defesa ressaltou que Jair Bolsonaro “sempre cumpriu suas obrigações legais e não tem intenção de deixar o Brasil”.

O que diz a lei?
Se condenado, Bolsonaro poderá responder a prisão em regime fechado. A Justiça brasileira pode emitir alertas internacionais para impedir sua saída do país, mas a efetividade depende da cooperação de nações estrangeiras. Enquanto isso, o STF monitora movimentações da família, em um caso que mistura política, direito e tensão internacional.


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