Tarcísio evita comentar indiciamento de Bolsonaro enquanto defende ex-presidente

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), tem adotado uma postura reservada em relação às recentes crises envolvendo seu padrinho político, Jair Bolsonaro (PL). Após o indiciamento do ex-presidente pela Polícia Federal (PF) por envolvimento em uma suposta tentativa de golpe de Estado, Tarcísio limitou-se a defender Bolsonaro em suas redes sociais, chamando as acusações de “narrativa disseminada” e afirmando que “carecem de provas”.

Bolsonaro e outras 36 pessoas foram acusados de crimes contra o Estado Democrático de Direito, incluindo organização criminosa e planejamento de ações para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2023. Entre os indiciados estão figuras de alto escalão do governo anterior, como os generais Augusto Heleno e Walter Braga Netto, além de aliados próximos de Bolsonaro.

Tarcísio, considerado um possível sucessor político de Bolsonaro nas eleições de 2026, ressaltou que as investigações devem ser conduzidas com responsabilidade e declarou que o ex-presidente respeitou o resultado das eleições de 2022. Apesar da proximidade com Bolsonaro, o governador não tem detalhado sua posição sobre as revelações da PF, o que reflete a tentativa de se equilibrar entre o apoio a sua base bolsonarista e a preservação de sua imagem pública como governador de São Paulo.

Nos bastidores, a cautela de Tarcísio também é interpretada como parte de uma estratégia para consolidar sua posição como líder nacional viável, evitando ser diretamente associado a eventuais consequências legais enfrentadas por Bolsonaro.

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