“Lideranças indígenas prometem resistência após maior protesto do Brasil: ‘Direitos não serão negociados’

Encerra-se nesta sexta-feira a maior mobilização indígena já registrada no país, que reuniu mais de 6 mil representantes de 200 povos originários na capital federal. O Acampamento Terra Livre (ATL) 2023, realizado entre os dias [inserir datas], consolidou-se como um marco histórico na luta pelos direitos constitucionais dos povos indígenas, pressionando o governo federal contra retrocessos e em defesa de pautas urgentes, como a demarcação de terras e a proteção contra garimpo ilegal.

A Luta que Não Cessa

Sob o lema “Vamos seguir cobrando nossos direitos”, lideranças de todo o Brasil destacaram a necessidade de manter a mobilização permanente. Sonia Guajajara, ministra dos Povos Indígenas e uma das vozes centrais do movimento, afirmou: “Não aceitaremos nenhum passo atrás. A demarcação é vida, e vamos exigir que o governo cumpra seu papel”. Dados do Conselho Indigenista Missionário (CIMI) revelam que, atualmente, há mais de 800 terras indígenas aguardando homologação — 98% delas paradas nos últimos quatro anos.

Pauta Emergencial: Combate ao Garimpo e Marco Temporal

Além da demarcação, o protesto destacou a urgência em barrar projetos como o PL 490/2007, que propõe o “marco temporal” — tese que restringe o direito à terra apenas a povos que comprovem ocupação antes de 1988. A discussão, que deve voltar ao STF em junho, é considerada uma “declaração de guerra” por organizações indígenas.

Dados da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) apontam que invasões garimpeiras em territórios indígenas aumentaram 137% nos últimos cinco anos, com casos como o do povo Yanomami, onde 570 crianças morreram por contaminação de mercúrio entre 2019 e 2022.

Cenário Político e Esperanças no Novo Governo

O acampamento ocorreu em um momento crítico: após quatro anos de políticas anti-indígenas no governo anterior, as lideranças cobram a revogação de decretos que enfraqueceram a proteção ambiental e a efetivação de promessas de campanha do presidente Lula, como a criação do Ministério dos Povos Indígenas.

Kleber Karipuna, coordenador da APIB, ressaltou: “Não basta reconstruir o que foi destruído. Precisamos de avanços concretos, como a retirada imediata de invasores e a garantia de saúde diferenciada para nossas comunidades”.

Mobilização que Ecoa no Mundo

O evento ganhou repercussão internacional, com apoio de organizações como a Anistia Internacional e a ONU, que alertaram para o risco de genocídio cultural no Brasil. Enquanto isso, nas redes sociais, a hashtag #ATL2023 ultrapassou 1 milhão de menções, pressionando autoridades a responderem às reivindicações.

O Que Vem Por Aí?

As lideranças já anunciaram novas ações, incluindo ocupações estratégicas e pressão direta no Congresso. “Não vamos esperar. Enquanto houver ameaças, estaremos nas ruas, nas aldeias e nas cortes internacionais”, afirmou Dinamam Tuxá, coordenador executivo da APIB.


Fontes consultadas (exemplos): APIB, CIMI, Agência Brasil, Reuters, relatórios do Ministério dos Povos Indígenas.**

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