Federação Brasileira de Banco alerta para aumento de fraudes digitais; golpes somaram mais de 520 mil reclamações no último ano
A digitalização dos serviços financeiros trouxe conveniência, mas também abriu espaço para golpes cada vez mais sofisticados. Em 2024, os criminosos aproveitaram vulnerabilidades tecnológicas e comportamentais para aplicar fraudes que resultaram em R$ 10,1 bilhões em prejuízos e mais de 520 mil reclamações, segundo dados da Febraban . A clonagem de WhatsApp e as falsas vendas online lideraram o ranking das práticas ilícitas, com 153 mil e 150 mil casos reportados, respectivamente .
Confira abaixo os 10 golpes bancários mais aplicados em 2024, suas características e dicas essenciais para se proteger:
1. Golpe do WhatsApp: A Fraude que Dominou o Ano
Como funciona: Criminosos clonam contas do aplicativo se passando por atendentes de serviços. Eles solicitam o código de verificação enviado por SMS, alegando “atualizações” ou “confirmações de cadastro”. Com o acesso, pedem dinheiro a familiares e amigos da vítima .
Como se proteger: Ative a verificação em duas etapas no WhatsApp e nunca compartilhe códigos recebidos por mensagem .
2. Falsas Vendas: Promoções Irresistíveis que Escondem Armadilhas
Como funciona: Sites e perfis falsos em redes sociais oferecem produtos com preços até 70% abaixo do mercado. Após o pagamento, o item nunca chega .
Como se proteger: Desconfie de ofertas “milagrosas” e verifique a reputação da loja em plataformas como o Reclame Aqui .
3. Falsa Central Bancária: O Golpe que Simula Atendimento Oficial
Como funciona: Golpistas ligam se passando por funcionários de bancos, alegando problemas na conta ou cartão clonado. Em seguida, solicitam dados pessoais ou transferências para “regularizar” a situação .
Como se proteger: Bancos nunca pedem senhas ou transferências por telefone. Desligue e contate a instituição por canais oficiais .
4. Phishing: A “Pescaria Digital” que Captura Dados
Como funciona: Links maliciosos enviados por e-mail, SMS ou redes sociais instalam vírus que roubam informações bancárias .
Como se proteger: Evite clicar em links desconhecidos e mantenha antivírus atualizados .
5. Falso Investimento: Lucros Rápidos que Viram Prejuízo
Como funciona: Sites e influencers falsos prometem retornos acima de 300% em poucos dias. Em alguns casos, pagam pequenos valores inicialmente para ganhar confiança .
Como se proteger: Verifique se a empresa está registrada na CVM ou no Banco Central antes de investir .
6. Troca de Cartão: A Fraude que Ocorre na Sua Frente
Como funciona: Durante compras presenciais, golpistas observam a senha digitada e trocam o cartão por um similar. Em seguida, realizam saques .
Como se proteger: Sempre passe o cartão pessoalmente e confira se o devolvido é o seu .
7. Falso Boleto: Pagamentos que Caem em Contas Criminosas
Como funciona: Boletos falsificados com dados alterados direcionam pagamentos para contas de golpistas .
Como se proteger: Confira CNPJ do emissor e consulte a empresa antes de pagar .
8. Devolução de Empréstimo: O Golpe que Usa Dinheiro Alheio
Como funciona: Criminosos contratam empréstimos em nome da vítima e pedem a “devolução” do valor via Pix ou boleto falso .
Como se proteger: Nunca transfira valores sem confirmação direta do banco .
9. Mão Fantasma: O Aplicativo que Dá Acesso Total ao Seu Celular
Como funciona: Golpistas enviam links para instalar apps que, uma vez baixados, dão controle remoto do dispositivo .
Como se proteger: Desconfie de links enviados por supostos funcionários de bancos e nunca instale apps desconhecidos .
10. Falso Motoboy: A Armadilha que Recolhe Cartões
Como funciona: Criminosos afirmam que o cartão foi clonado e enviam um “motoboy” para recolhê-lo. Mesmo cortado, o chip continua funcional .
Como se proteger: Nenhum banco envia motoboys para retirar cartões. Bloqueie o cartão via aplicativo oficial .
Prevenção: A Melhor Estratégia Contra Golpes
A Febraban reforça que, embora os bancos tenham investido R$ 5 bilhões em segurança em 2024, a atenção do usuário é crucial . Entre as medidas recomendadas estão:
- Não compartilhar senhas ou códigos por telefone ou mensagem.
- Verificar a origem de ligações e e-mails.
- Usar canais oficiais para confirmar transações.
Walter Faria, diretor da Febraban, destaca: “A educação digital é a primeira linha de defesa. Desconfie de contatos inesperados e sempre valide informações” .
Fontes: Dados compilados a partir de relatórios da Febraban e alertas publicados por Agência Brasil, Poder360, Terra e Valor Econômico .
Leia mais: Para detalhes completos sobre cada golpe, acesse os relatórios oficiais da Febraban ou consulte as fontes citadas.