Prefeitura de Ponta Grossa exonera comissionado investigado por exploração sexual infantil em operação nacional da PF

A Prefeitura de Ponta Grossa (PR) divulgou, nesta quinta-feira (17/04), uma nota oficial confirmando a exoneração de um servidor comissionado investigado pela Polícia Federal (PF) por armazenar e compartilhar mais de **300 imagens de pornografia infantil**, incluindo possíveis desdobramentos para **pedofilia** . O caso, vinculado à **Operação Proteção Integral** da PF, deflagrada em 22 estados em março de 2025, mobilizou 340 policiais federais e resultou em 17 prisões em flagrante em todo o país . 

### **A exoneração e a posição da prefeitura** 
A gestão municipal destacou que a exoneração seguiu as **prerrogativas legais** dos cargos comissionados, que permitem livre nomeação e exoneração. Em nota, afirmou: *“Não compactuamos com condutas que contrariem a ética, a moralidade e a legalidade. Qualquer desvio será tratado com rigor”* . A prefeita Elizabeth Schmidt (União Brasil), última a nomear o investigado, não foi diretamente vinculada aos crimes, conforme ressaltado pela administração . 

### **Perfil do investigado e operação da PF** 
O servidor exonerado é um **radialista conhecido** em Ponta Grossa, famoso pelo bordão *“Tá Guardado”*, e atuou por mais de uma década em cobertura policial em emissoras locais. Ele foi ouvido pela PF em 12 de março, durante cumprimento de mandados de busca que apreenderam celulares e computadores com material suspeito . A emissora de rádio onde trabalhava afastou-o inicialmente sob a justificativa de *“férias de 30 dias”*, mas fontes internas associaram o afastamento às investigações . 

### **Contexto nacional da Operação Proteção Integral** 
A operação, coordenada pela PF, visou desarticular redes de **compartilhamento de material de abuso sexual infantojuvenil** na internet. No Paraná, foram cumpridos **8 mandados de busca**, com três prisões em flagrante nas cidades de Ponta Grossa, Maringá e Apucarana . Os crimes investigados incluem exploração sexual, pornografia infantil e violação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), com penas que podem chegar a **18 anos de prisão** . 

### **Repercussão e próximos passos** 
A prefeitura reiterou seu **compisso com a transparência**, mas evitou detalhar o vínculo do investigado com outros grupos políticos, como os ex-prefeitos Jocelito Canto (PSDB) e Marcelo Rangel (PSD) . Enquanto a PF analisa as provas apreendidas, o caso segue sob sigilo judicial devido à **Lei de Abuso de Autoridade**, que protege a identidade de suspeitos não condenados . 

**Para denúncias:** A PF orienta a população a relatar crimes contra crianças e adolescentes por meio de canais oficiais, como o **Disque 100**. 

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