Homem é preso em Ponta Grossa por se passar por coprodutor de Pablo Marçal e desviar R$ 170 mil em golpe digital



Suspeito fraudou plataforma de cursos online, sacou R$ 17 mil e usou conta bancária própria para receber valores ilegais; polícia investiga possível rede criminosa.



Um homem de 27 anos foi preso em flagrante na última sexta-feira (18) em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, acusado de se passar por coprodutor do influenciador digital Pablo Marçal e desviar cerca de R$ 170 mil por meio de um esquema de fraude eletrônica. O caso, investigado pela Polícia Civil, revela detalhes de um golpe sofisticado que envolveu acesso fraudulento a uma plataforma de cursos online e a falsa associação a empresas ligadas ao político .

Como o golpe funcionou

O suspeito realizou, em maio de 2024, um cadastro na plataforma “XGROW”, responsável por hospedar cursos de produtores de conteúdo. Utilizando informações falsas, ele se autodeclarou coprodutor de materiais já publicados por Pablo Marçal e vinculou sua conta bancária pessoal para receber parte dos valores das vendas. A estratégia permitiu que ele desviasse R$ 170 mil, dos quais R$ 17 mil foram sacados antes que a plataforma bloqueasse o restante ao identificar movimentações suspeitas .

Durante as investigações, a equipe do delegado Gabriel Munhoz obteve uma gravação em que o homem afirmava ser parceiro de Marçal, informação posteriormente desmentida pelo sócio legítimo do influenciador. A plataforma também realizou uma videochamada com o suspeito, momento em que ele confessou o crime, segundo relatos policiais .

Impacto nas empresas e defesa do acusado

Pelo menos duas empresas associadas a Pablo Marçal — “PLX” e “Plataforma Digital de Desenvolvimento Humano” — foram afetadas pelo esquema. O verdadeiro coprodutor dos cursos destacou à polícia que o investigado não tinha qualquer vínculo com a produção dos conteúdos, reforçando a natureza fraudulenta do cadastro .

Em nota, a defesa do preso, representada pelo advogado Helian Kosloski dos Santos, contestou as acusações. Alegou que o suspeito agiu “de boa-fé” após receber um “convite da plataforma” e que a prisão preventiva não se justifica, já que o crime não envolveu violência. A defesa pede liberdade provisória, argumentando características pessoais positivas do acusado .

Repercussão legal e próximos passos

O crime se enquadra no artigo 171, §2°-A, do Código Penal, que prevê pena de até oito anos de reclusão por fraude eletrônica. O suspeito já está à disposição da Justiça, enquanto a Polícia Civil investiga a existência de outros envolvidos e possíveis vítimas não identificadas .

Para Pablo Marçal, o caso reforça a necessidade de segurança em plataformas digitais. A assessoria do influenciador ainda não se pronunciou publicamente, mas fontes próximas indicam que medidas jurídicas estão sendo avaliadas para coibir futuras fraudes .




Abrir bate-papo
Como podemos ajudá-lo?
Verified by MonsterInsights