Exclusivo: deciframos o mistério do salário papal – por que Francisco sbriu mão da fortuna?


A figura do Papa, líder máximo da Igreja Católica, sempre carregou consigo um aura de poder e influência. Uma curiosidade que frequentemente surge entre os fiéis e o público em geral é: afinal, qual o salário do Santo Padre? Uma recente publicação da Globo [Qual será o salário do novo papa? Entenda por que Francisco abdicou do dinheiro https://glo.bo/3vkaw8q] reacendeu o debate, especialmente ao trazer à tona a decisão singular de Francisco em relação a questões financeiras. Mas qual a real história por trás dessa escolha e o que esperar do futuro?
Contrariando o senso comum, a realidade é que o Papa Francisco não recebia um salário formal pelo seu pontificado. A razão principal reside em seu voto de pobreza, uma prática alinhada com sua formação na Companhia de Jesus (Ordem dos Jesuítas). Essa escolha reflete uma filosofia de vida mais modesta e desapegada de bens materiais.
No entanto, essa decisão não significa que o líder da Igreja Católica viva sem recursos. Suas necessidades básicas, como moradia, alimentação e viagens pastorais, são integralmente cobertas pelo Vaticano. Essa estrutura garante que o Papa possa exercer suas funções sem preocupações financeiras pessoais.
Interessantemente, informações apuradas pela agência Ansa, e divulgadas em outras plataformas como o Terra [Papa tem salário? Veja quanto novo pontífice receberá – Terra], apontam que papas têm direito a um salário mensal de cerca de 2,5 mil euros. Esse valor, embora significativo, é consideravelmente menor do que a remuneração média dos cardeais, que pode chegar a 5 mil euros mensais. Essa disparidade salarial dentro da hierarquia eclesiástica demonstra uma peculiaridade na gestão financeira do Vaticano.
Ainda que Francisco tenha optado por não receber esse valor, a questão do salário do novo Papa que o suceder é pertinente. Caso o futuro pontífice não siga um voto de pobreza tão estrito, ele teria direito a essa remuneração mensal, além de ter suas despesas custeadas pela Igreja.
Vale ressaltar que a renúncia a um salário formal não é inédita na história do papado, embora seja rara. A atitude de Francisco ecoa um desejo de simplificar a imagem da Igreja e reforçar seus valores espirituais em um mundo marcado pelo materialismo.
Além da questão salarial, as finanças do Vaticano como um todo são um tema complexo e em constante reestruturação. Mesmo com a gestão de Francisco, que buscou maior transparência e controle financeiro, ainda existem desafios orçamentários a serem enfrentados pelo próximo líder da Igreja Católica. Em 2022, por exemplo, o déficit divulgado foi de 33 milhões de euros [Conclave: o papa recebe salário? Veja como líder da Igreja Católica paga despesas e luxos – eInvestidor]. O próximo Papa terá a missão de dar continuidade a essa reestruturação.
Em suma, a pergunta sobre o salário do Papa revela uma dinâmica financeira atípica. Enquanto Francisco escolheu um caminho de renúncia em linha com seus votos religiosos, existe uma estrutura que prevê uma remuneração para o pontífice. A decisão do próximo líder da Igreja Católica em relação a essa questão, certamente, será um ponto de interesse e poderá refletir as prioridades de seu papado.

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