Bomba no Parque São Jorge: presidente do Corinthians indiciado por crimes graves


Augusto Melo, mandatário do Timão, é alvo de investigação por furto qualificado, lavagem de dinheiro e associação criminosa em caso que abala o clube.
A Polícia Civil de São Paulo concluiu o inquérito que investigava o presidente do Sport Club Corinthians Paulista, Augusto Melo, indiciando-o formalmente pelos crimes de furto qualificado, lavagem de dinheiro e associação criminosa. A informação, que veio à tona nesta sexta-feira (23), repercutiu intensamente no mundo do futebol e mergulhou o clube alvinegro em mais uma crise.
A investigação, que culminou no indiciamento do presidente, está relacionada ao caso envolvendo o patrocínio da casa de apostas VaideBet. Segundo apurações, parte do montante pago pela empresa ao Corinthians teria sido desviada através de empresas “laranjas”, chegando até uma companhia ligada ao Primeiro Comando da Capital (PCC).
Além de Augusto Melo, outros nomes também foram apontados como suspeitos, incluindo o ex-diretor administrativo Marcelo Mariano, o ex-superintendente de marketing Sérgio Moura, e o empresário Alex Fernando André, conhecido como “Cassundé”. As investigações apontam que Cassundé teria estado nas dependências do clube em horários considerados cruciais para a movimentação do dinheiro, conforme dados de Estação Rádio Base (ERB).
A notícia do indiciamento ocorre em um momento delicado para o presidente, que já enfrenta quatro pedidos de impeachment. O primeiro deles, justamente ligado ao caso VaideBet, terá seu processo de votação retomado na próxima segunda-feira. Os demais pedidos se referem à falta de transparência em relação a pendências financeiras do clube.
Em entrevista coletiva concedida ao lado de seu advogado, Ricardo Cury, Augusto Melo negou as acusações e descartou a possibilidade de renunciar ao cargo. A defesa do presidente alega haver “interesse político” por trás do indiciamento e questiona os métodos utilizados na investigação.
A situação no Corinthians se agrava ainda mais com o recente anúncio do encerramento do contrato de patrocínio com a VaideBet, apenas três meses após o acordo ser firmado. Este fato, somado ao indiciamento do presidente, intensifica a instabilidade política e administrativa no clube, gerando grande preocupação entre torcedores e conselheiros.
O caso segue agora para o Ministério Público, que decidirá se denuncia ou não Augusto Melo e os demais envolvidos à Justiça. Os próximos capítulos prometem ser tensos nos bastidores do Parque São Jorge, com a comunidade corintiana aguardando ansiosamente por mais informações sobre o futuro do clube e de seu presidente.

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