A morte de uma professora no Paraná, cuja identidade não foi revelada, trouxe à t tona novamente a precária situação da categoria e, em particular, a discussão sobre a hora-atividade dos docentes. A tragédia, segundo relatos, estaria ligada à sobrecarga de trabalho, reacendendo antigas denúncias de descumprimento de um acórdão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que garantiria a integralidade da hora-atividade aos professores paranaenses.
A questão central gira em torno de uma decisão judicial que, em tese, deveria assegurar aos professores um tempo adequado para o planejamento de aulas, correção de trabalhos e outras atividades pedagógicas fora da sala de aula. No entanto, fontes ligadas à categoria afirmam que o acórdão vem sendo ignorado pelo governo estadual, resultando em uma jornada de trabalho exaustiva e desumana.
A denúncia ganha força com o desabafo de um(a) educador(a), que procurou o Deputado Estadual Arilson Chiorato (PT) para tratar do tema. Segundo o(a) professor(a), todas as informações e dados da ação judicial foram enviados ao parlamentar por e-mail, mas até o momento não houve resposta ou ação concreta por parte do deputado. “Você mesmo ficou de me dar uma resposta e até hoje nada…”, afirma o(a) docente no relato, expressando a frustração e o cansaço da categoria diante da “lenga-lenga” e da falta de providências efetivas.
A comunidade escolar e os sindicatos de professores têm alertado repetidamente sobre os impactos negativos da sobrecarga de trabalho na saúde física e mental dos docentes, além da evidente perda na qualidade do ensino. A morte da professora, nesse contexto, serve como um triste lembrete das consequências de uma política que, segundo os críticos, negligencia as condições de trabalho dos educadores.
A cobrança por ações concretas e o cumprimento do acórdão do STJ se intensificam. A categoria clama por uma revisão das condições de trabalho e pelo respeito aos direitos conquistados judicialmente, a fim de evitar que novas tragédias aconteçam e para que os professores possam exercer sua profissão com dignidade e qualidade.
Morte da professora reacende debate sobre a hora-atividade no Paraná: Acórdão do STJ ignorado?
