Mais de 300 empresários no Paraná enfrentam um rombo financeiro superior a R$ 80 milhões devido à suspensão de repasses pela administradora de cartões Inovepay. A empresa foi alvo de uma operação da Polícia Federal sob suspeita de envolvimento em esquemas de lavagem de dinheiro ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC).
Em âmbito nacional, aproximadamente três mil empresas foram afetadas, acumulando um prejuízo total de R$ 450 milhões. No Paraná, 336 estabelecimentos, incluindo postos de combustíveis e lojas de conveniência, estão entre os prejudicados.
A investigação revelou que o PCC utilizava maquininhas de cartão para lavar dinheiro proveniente do tráfico de drogas, ocultando bens e movimentando quantias ilícitas.
A situação expõe a vulnerabilidade do sistema de pagamentos eletrônicos no Brasil, levantando questionamentos sobre a eficácia dos mecanismos de controle e prevenção à lavagem de dinheiro. Empresários afetados buscam reaver os valores não repassados, enquanto autoridades intensificam as investigações para desmantelar as operações financeiras do crime organizado.
A Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) manifestou preocupação com o impacto financeiro nos postos de combustíveis e a necessidade de maior rigor na fiscalização das empresas intermediárias de pagamentos.
Especialistas alertam para a importância de os empresários adotarem medidas de due diligence ao selecionar parceiros financeiros, garantindo que estejam em conformidade com as regulamentações e possuam reputação ilibada no mercado.
As investigações continuam, e a Polícia Federal não descarta a possibilidade de novas operações para identificar e punir outros envolvidos no esquema, visando fortalecer a integridade do sistema financeiro nacional.